A Cimeira de
Paris aprovou um acordo que envolve 195 países e que vai dar origem a um novo
tratado internacional destinado a conter o aquecimento global do nosso planeta.
Depois de vários anos de negociações e de hesitações, o novo o acordo é visto
como um passo histórico, pelo seu carácter universal e por ultrapassar
divergências que até agora tinham impedido que se encontrasse um substituto do
Protocolo de Quioto. Se o conteúdo do acordo for cumprido, na segunda metade
deste século o mundo terá praticamente abandonado os combustíveis fósseis e as
emissões que restarem de gases com efeito de estufa serão anuladas pela sua
absorção por florestas ou pela sua captura e armazenamento. O novo acordo foi
possível por ter resultado de uma abordagem inovadora, pois não há metas
impostas aos países e são eles que têm que decidir o que fazer. Portanto, a
base do acordo são planos nacionais a apresentar a cada cinco anos por todos os
países, nos quais prestarão contas do que fizeram ou explicarão qual o seu
contributo para a luta contra o aquecimento global. Todos os países têm de
participar e não apenas os países desenvolvidos, embora estes tenham de liderar
os esforços na redução de emissões de gases com efeito de estufa. O objectivo
declarado do acordo é conter a subida dos termómetros a um valor “muito abaixo
de 2ºC” e prosseguir esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5ºC
acima dos níveis pré-industriais. Além disso, os países desenvolvidos
comprometem-se a continuar a financiar as nações em desenvolvimento nas suas
políticas de adaptação e mitigação climática. A Cimeira de Paris foi considerada um êxito e Laurent Fabius, o
ministro dos Negócios Estrangeiros francês, recebeu o unânime aplauso. A
imprensa mundial deu larga cobertura à Cimeira de Paris e aos seus resultados:
o The
Sydney Morning Herald foi apenas um deles.
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