Depois de quase
noventa anos de ausência, um Presidente dos Estados Unidos inicia hoje uma visita de três
dias a Cuba, como anuncia o jornal El Tiempo de Bogotá e outros jornais
sul-americanos. Esta visita é um grande acontecimento para aquela região, mas
também é uma grande notícia para o mundo e para a paz. Desde que Fidel de Castro e os seus companheiros da Sierra Maestra tomaram o poder
em Cuba em Janeiro de 1959, que as relações com os Estados Unidos se deterioraram e conduziram a
um embargo económico e a um completo corte de relações. Fidel de Castro que se
afirmava socialista, recebeu então o apoio da União Soviética e tornou-se
comunista e anti-americano. Em 1962 aceitou a instalação de mísseis na sua
ilha, o que constituia uma ameaça para a segurança dos Estados Unidos, então
presididos por John Kennedy, que reagiu e obrigou ao completo desmantelamento
dos mísseis soviéticos, num caso em que se temeu uma confrontação nuclear. A
hostilidade entre Cuba e os Estados Unidos acentuou-se e, a partir de então, a
revolução cubana aprofundou-se. Fidel de Castro adoptou um programa de
“exportação da revolução”, o que provocou o seu isolamento internacional,
enquanto internamente instalou um governo autoritário que reconhecidamente melhorou
a saúde e a educação dos cubanos, mas lançou muitos outros para o exílio nos Estados Unidos.
O colapso da
União Soviética que se verificou em 1991 foi um rude golpe para Cuba. O seu
isolamento internacional e a degradação da sua vida económica acentuaram-se. Em 2008 o presidente Fidel de Castro renunciou por doença à presidência que ocupara durante 49 anos e foi
substituido por seu irmão Raúl Castro. Raúl recebeu o Papa Francisco em
Setembro de 2015 e agora recebe Barack Obama. São novos e bons tempos para
Cuba.
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