domingo, 20 de março de 2016

Há novos e muito bons tempos para Cuba

Depois de quase noventa anos de ausência, um Presidente dos Estados Unidos inicia hoje uma visita de três dias a Cuba, como anuncia o jornal El Tiempo de Bogotá e outros jornais sul-americanos. Esta visita é um grande acontecimento para aquela região, mas também é uma grande notícia para o mundo e para a paz. Desde que Fidel de Castro e os seus companheiros da Sierra Maestra tomaram o poder em Cuba em Janeiro de 1959, que as relações com os Estados Unidos se deterioraram e conduziram a um embargo económico e a um completo corte de relações. Fidel de Castro que se afirmava socialista, recebeu então o apoio da União Soviética e tornou-se comunista e anti-americano. Em 1962 aceitou a instalação de mísseis na sua ilha, o que constituia uma ameaça para a segurança dos Estados Unidos, então presididos por John Kennedy, que reagiu e obrigou ao completo desmantelamento dos mísseis soviéticos, num caso em que se temeu uma confrontação nuclear. A hostilidade entre Cuba e os Estados Unidos acentuou-se e, a partir de então, a revolução cubana aprofundou-se. Fidel de Castro adoptou um programa de “exportação da revolução”, o que provocou o seu isolamento internacional, enquanto internamente instalou um governo autoritário que reconhecidamente melhorou a saúde e a educação dos cubanos, mas lançou muitos outros para o exílio nos Estados Unidos.
O colapso da União Soviética que se verificou em 1991 foi um rude golpe para Cuba. O seu isolamento internacional e a degradação da sua vida económica acentuaram-se. Em 2008 o presidente Fidel de Castro renunciou por doença à presidência que ocupara durante 49 anos e foi substituido por seu irmão Raúl Castro. Raúl recebeu o Papa Francisco em Setembro de 2015 e agora recebe Barack Obama. São novos e bons tempos para Cuba.

Sem comentários:

Enviar um comentário