As forças
governamentais sírias com o apoio das milícias libanesas do Hezbollah e da
aviação russa recuperaram a cidade e o sítio arqueológico de Palmira, que
esteve ocupada pelas forças do Estado Islâmico desde Maio de 2015. A
recuperação da cidade apresentava-se como um grande objectivo para o governo de
Bashar al-Assad e para os seus aliados, pois parece corresponder a uma inversão
da sorte da guerra que lhes está a ser favorável,
sobretudo depois da intervenção da aviação russa.
Palmira foi um
dos primeiros locais a ser declarado Património da Humanidade pela UNESCO e,
desde então, tornou-se um grande centro turístico, até que chegou a guerra. Com
a ocupação pelas forças extremistas, alguns dos mais simbólicos monumentos do
sítio arqueológico foram destruídos, assim acontecendo com o Arco do Triunfo e
com alguns templos, colunas e estátuas, enquanto o seu museu arqueológico foi
pilhado.
A recuperação de
Palmira permitiu verificar o seu grau de destruição, sucedendo-se declarações
mais ou menos animadoras quanto à extensão do que foi destruído e sobre a
vontade de restaurar o espaço arqueológico e os seus monumentos. Alguns jornais
internacionais, como o americano The Wall Street Journal, dedicam
alargados espaços à reconquista de Palmira e, através de entrevistas a especialistas,
estimam que o restauro de Palmira pode durar entre cinco anos a “muito, muito
tempo”. Será preciso muito dinheiro e muita cooperação internacional para concretizar este projecto mas,
primeiro, tem que acabar a guerra.
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