A edição de hoje
do The
New York Times destaca em primeira página uma reportagem intitulada “Shadowboxing with China in Disputed Waters”,
a propósito das ilhas Spratly que se localizam no Mar do Sul da China. Estas
ilhas constituem um enorme arquipélado desabitado com mais de sete centenas de
ilhéus, recifes e atóis cuja área emersa total é inferior a quatro quilómetros
quadrados, dispersos por uma vasta região oceânica. Porém, por razões
económicas e militares, há diversos países com interesses e reivindicações
sobre estas ilhas, nomeadamente a China, o Vietnam, as Filipinas, Taiwan e a
Malásia. Todos estes países afirmam os seus direitos sobre aqueles espaços e,
nesse sentido, já dispõem de pistas de aviação nas ilhas, embora a China tenha
em construção uma grande pista para fins militares, o que a todos perturba.
Enquanto potência global, os Estados Unidos também têm interesses na região e
têm alianças que os obrigam a manter uma presença naval e um estado de alerta
permanente naquelas águas, onde há sempre hipóteses de haver situações de
conflitualidade.
A ilustrar a
reportagem do The New York Times encontra-se uma fotografia alusiva a
esta disputa de sombras, obtida na ponte do cruzador USS Chancellorsville em patrulha no Mar do Sul da China, em que se
vê o comandante do navio Capt. Curt A. Renshaw, provavelmente a observar os
movimentos de uma qualquer fragata ou helicóptero chinês.
Pois observem-se todos,
mas observem-se com cuidado e contenção.
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