A península
Ibérica e em especial a sua faixa ocidental, que o mesmo é dizer Portugal e a
Galiza, estão a passar por um prolongado período de seca, cujas consequências
podem tornar-se dramáticas. O ano de 2017 é um dos mais quentes desde que há
registos e diversas regiões portuguesas e espanholas estão a sofrer com a falta
de água e com o calor extremo porque choveu apenas 30% do que era habitual e as
temperaturas médias têm estado três graus acima do que seria normal.
La Voz
de Galicia informava ontem que a Galiza necessita de tanta chuva [nas próximas semanas] como a que caiu em
todo o ano de 2017 e tem em acção muitas medidas restritivas em relação ao
consumo da água.
Nas regiões do
interior e do sul de Portugal continental, porque a precipitação é muito
inferior ao normal, também se atravessa um prolongado período de seca severa e
extrema, com a agravante de não terem ocorrido as habituais chuvas do início do
Outono que teriam desagravado a situação. Os rios e as ribeiras estão secos e
as barragens com níveis de água residuais, havendo já necessidade de fazer
transvases para acudir a situações de emergência. Muitas explorações agrícolas
estão em risco de perder colheitas por falta de água e o governo admite racionar
a água para consumo doméstico através das medidas tomadas ou a tomar pelas
autarquias.
Esta alarmante
situação é uma consequência das alterações climáticas que têm afectado o nosso
planeta e, o que é muito preocupante, é que este cenário tende a agravar-se no
futuro com temperaturas mais elevadas e menos chuva. Até há pouco tempo tudo
isto parecia uma história de ficção promovida por cientistas da Geofísica e do
Ambiente, mas agora a dura realidade das alterações climáticas está a bater-nos
à porta.
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