Morreu o senador
americano John McCain, o homem que a América adoptou como símbolo do heroísmo
americano na guerra do Vietnam.
Nascido em 1936, John McCain ingressou
na Academia Naval dos Estados Unidos em Annapolis, Maryland, tendo optado pela
carreira de aviador naval. Após ter completado o seu curso em 1958, voou em
diversos tipos de aviões baseados em porta-aviões, incluindo os
caças-bombardeiros. Em 1967, durante uma missão de bombardeamento sobre Hanói,
o seu avião A-4E Skyhawk foi atingido
por um míssil e foi derrubado, mas McCain conseguiu ejectar-se e salvar-se,
embora quase se tivesse afogado e tivesse ficado gravemente ferido. Capturado
pelos norte-vietnamitas, McCain foi torturado, humilhado, isolado por longos
períodos e permaneceu como prisioneiro de guerra durante cinco anos. John
McCain poderia ter beneficiado de algum favorecimento por ser filho e neto de
almirantes americanos, mas recusou ser libertado sem que os seus camaradas
presos há mais tempo fossem libertados primeiro.
Em 1973 foi finalmente
repatriado, mas os ferimentos que sofreu na guerra e as doenças que adquiriu no
cativeiro nunca o abandonaram, pelo que em 1981 se reformou da Marinha dos
Estados Unidos e iniciou uma carreira política no Partido Republicano. Em 1982
foi eleito para a Câmara dos Representantes e em 1987 foi eleito para o Senado,
para onde foi sucessivamente reeleito por cinco vezes pelo Arizona. Foi
candidato presidencial derrotado por Barack Obama e era actualmente um
destacado crítico e adversário de Donald Trump.
A América da
direita e da esquerda política reconhecia neste senador um político corajoso,
um homem íntegro e o seu herói da guerra do Vietnam. Era um ícone republicano e a sua morte deixa um grande vazio na memória americana.
A imprensa americana,
designadamente The Wall Street Journal, prestou-lhe uma grande homenagem
e publicou a imagem do Capitólio cercado de bandeiras a meia
haste em memória deste herói americano.
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