O Sri Lanka é uma
ilha situada no sul do subcontinente indiano, mas também é um país com 65 mil
km2 e 21 milhões de habitantes. Adquiriu a independência da
Grã-Bretanha em 1948 mas, entre 1983 e 2009, veio a defrontar-se com uma
violenta guerra civil que durou 26 anos e em que se envolveram o governo e os Tigres de Libertação do Eelam Tamil (LTTE), que lutou pela
criação de um estado independente designado por Tamil Eelam, cujo território se
localizava a norte e a leste da ilha. A guerra civil terminou com a vitória das
tropas do general Sarath Fonseka. O país cuja população é budista (70%), hindu
(13%), islamita (9%) e católica (8%), é favorecido por singulares belezas naturais e parecia ter entrado numa via de paz
e de progresso.
Porém, ontem, que
era Domingo de Páscoa, verificaram-se oito explosões em hotéis de luxo e
igrejas católicas localizadas em Colombo, Negumbo e Batticaloa, aparentemente
provocadas por bombistas suicidas, que causaram pelo menos 290 mortos e 500
feridos.
Os ataques ainda
não foram reivindicados e as autoridades cingalesas estão a ser muito prudentes
nas suas investigações sobre o apuramento da verdade. Os comentadores portugueses
trataram de apontar a autoria destes atentados para grupos jihadistas,
eventualmente regressados do Médio-Oriente, embora os ataques tivessem sido
condenados pelo Muslim Council of Sri Lanka. Porém, não se pode excluir que se
esteja perante uma reaparição do LTTE, cerca de dez anos depois da sua derrota
militar, até porque os alvos escolhidos e o método de ataque utilizado parecem
ser os seus.
A imprensa
mundial noticia e condena estes bárbaros ataques. O jornal britânico The
Guardian dedica toda a sua primeira página ao Sri Lanka e insere uma
reportagem assinada por Amantha Perera, a sua correspondente em Colombo, em que são destacadas em caixa as declarações do ministro Harsha de Silva. Estes apelidos - Fonseka, Perera e Silva - revelam como foi grande a
influência portuguesa naquele país da Ásia do Sul.
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