sexta-feira, 19 de abril de 2019

O fim das boas viagens da Jet Airways

Jet Airways, que é uma das principais companhias aéreas indianas, suspendeu ontem todos os seus voos domésticos e internacionais devido a problemas financeiros, depois de não ter conseguido crédito para o pagamento do combustível e de outros serviços necessários à sua actividade operacional. No comunicado ontem emitido pela empresa é anunciado que a suspensão das operações de voo é temporária, mas poucos acreditarão nessa declaração, sobretudo os seus cerca de 20 mil funcionários onde se incluem mais de mil pilotos, que estarão há vários meses sem receber salários. A notícia da suspensão da actividade operacional da Jet Airways foi publicada por toda a imprensa indiana, incluindo o jornal Divya Bhaskar (દિવ્ય ભાસ્કર) que usa a indecifrável língua gujarati e se publica na cidade de Ahmadabad, que deu destaque de primeira página a essa notícia.
A Jet Airways é uma das grandes companhias aéreas da Índia e tem a sua sede em Mumbai, a antiga Bombaim, tendo sido fundada em 1992 por um milionário indiano. Dispõe actualmente de uma frota de 99 unidades, incluindo 67 Boeing 737 e onze modernos Boeing 777-300ER, que voam para 71 destinos internos e internacionais, incluindo Nova Iorque, Londres e Hong Kong.
Porém, parece que existe uma maldição que leva as companhias aéreas indianas à falência, pois a Jet Airways junta-se a algumas dezenas de companhias que não têm resistido à concorrência ou à má gestão, recordando-me da East-West Airlines, da Gujarat Airlines, da Indian Airlines, da Spice Jet Air, da Sahara Airlines e da Kingfisher Airlines, em que eu próprio voei algumas vezes, entre muitas outras que faliram. Agora com o encerramento da Jet Airways acabou-se aquela que eu sempre escolhia como a melhor companhia que me levava da Europa para a India e da Índia para a Europa, que me proporcionou sempre melhores voos do que aqueles que me foram servidos pela Lufthansa, pela British Airways, pela Swissair, pela Air France ou pela KLM.

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