A Jet Airways, que é uma das principais
companhias aéreas indianas, suspendeu ontem todos os seus voos domésticos e
internacionais devido a problemas financeiros, depois de não ter conseguido crédito
para o pagamento do combustível e de outros serviços necessários à sua
actividade operacional. No comunicado ontem emitido pela empresa é anunciado que
a suspensão das operações de voo é temporária, mas poucos acreditarão nessa
declaração, sobretudo os seus cerca de 20 mil funcionários onde se incluem mais
de mil pilotos, que estarão há vários meses sem receber salários. A notícia da
suspensão da actividade operacional da Jet Airways foi publicada por toda a imprensa
indiana, incluindo o jornal Divya Bhaskar (દિવ્ય ભાસ્કર) que usa a indecifrável língua gujarati e se publica na cidade de Ahmadabad, que deu
destaque de primeira página a essa notícia.
A Jet
Airways é uma das grandes companhias aéreas da Índia e tem a sua
sede em Mumbai, a antiga Bombaim, tendo sido fundada em 1992 por um milionário
indiano. Dispõe actualmente de uma frota de 99 unidades, incluindo 67 Boeing 737 e onze modernos Boeing 777-300ER, que voam para 71
destinos internos e internacionais, incluindo Nova Iorque, Londres e Hong Kong.
Porém, parece que
existe uma maldição que leva as companhias aéreas indianas à falência, pois a Jet Airways junta-se a algumas dezenas de companhias que
não têm resistido à concorrência ou à má gestão, recordando-me da East-West Airlines, da Gujarat Airlines, da Indian Airlines, da Spice Jet Air, da Sahara
Airlines e da Kingfisher Airlines,
em que eu próprio voei algumas vezes, entre muitas outras que faliram. Agora
com o encerramento da Jet Airways
acabou-se aquela que eu sempre escolhia como a melhor companhia que me levava
da Europa para a India e da Índia para a Europa, que me proporcionou sempre
melhores voos do que aqueles que me foram servidos pela Lufthansa, pela British
Airways, pela Swissair, pela Air France ou pela KLM.
Sem comentários:
Enviar um comentário