A 5ª República francesa
iniciou-se em 1959 com o mandato do homem que dirigiu as Forças Francesas Livres
que lutaram contra Hitler. Chamava-se Charles De Gaulle, era general e dirigiu
o país até 1969, quando renunciou à presidência após ter perdido um referendo
em que defendeu uma maior descentralização. Morreu em 1970, mas alguns partidos
e muitos políticos continuam a reivindicar o seu legado político e a assumir-se
como gaullistas. Seguiram-se as
presidências de George Pompidou (1969-1974) e de Valéry Giscard d’Estaing
(1974-1981), até que o socialista François Mitterrand, após ter perdido as
eleições presidenciais de 1965 e 1974, veio a ser eleito no dia 10 de Maio de
1981, isto é, há quarenta anos, como hoje evoca alguma imprensa francesa,
designadamente o jornal La Dépêche du Midi que se publica em
Toulouse. A eleição de Mitterrand foi uma grande festa em França, porque ele se
destacara como combatente da Resistência contra a ocupação nazi e tinha sido
escolhido em Janeiro de 1947 para dirigir o Ministério dos Antigos Combatentes,
tornando-se aos 30 anos de idade o mais jovem ministro da história francesa. Foi
também o primeiro presidente socialista da França e dirigiu o país de 1981 a
1995, tendo sido a mais longa presidência da história da República Francesa.
Durante as suas presidências,
a França recuperou prestígio internacional e poder económico, reforçou a
relação franco-alemã, consolidou a Comunidade Europeia através da acção do seu
amigo Jacques Delors e conseguiu abolir a pena de morte em França. Seguiram-se-lhe
Jacques Chirac (1995-2007), Nicolas Sarkozy (2007-2012), François Hollande
(2012-2017) e Emmanuel Macron (2017-…), mas como se vê na imprensa francesa que
hoje evoca o 40º aniversário da eleição de Mitterrand, há muita gente que
suspira pelos tempos em que ele dirigiu e representou a França.
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