quarta-feira, 12 de maio de 2021

Mais de 70 anos de tensão na Palestina

A fotografia que ilustra a primeira página da edição de hoje do The Washington Post é a mesma que foi escolhida por outros grandes jornais internacionais como o The New York Times, o Le Monde, o El País e o The Daily Telegraph, entre outros, mostrando espessas colunas de fumo resultantes de um ataque aéreo israelita sobre a área urbana da faixa de Gaza. Essa fotografia é a imagem de marca da tensão entre israelitas e palestinianos que, nos últimos dias, recrudesceu com uma intensidade que não acontecia há muitos anos. 
O conflito israelo-palestiniano é muito antigo, mas acentuou-se a partir de 1948 com a decisão das Nações Unidas de dividir o território da Palestina em dois estados, um para os judeus e outro para os árabes. Porém, houve logo uma guerra em que os israelitas derrotaram egípcios, jordanos e sírios, daí resultando a declaração de independência do estado de Israel. As fronteiras então reconhecidas internacionalmente não satisfizeram as duas partes e têm provocado sempre grandes tensões, por vezes muito violentas. De um lado estão os judeus ávidos de espaço e que têm ocupado alguns territórios palestinianos para estabelecerem colonatos e zonas de segurança, enquanto os palestinianos acusam os israelitas de usarem a força e violarem os seus direitos históricos e sociais. Para além deste conflito territorial à uma brutal rivalidade religiosa. 
De vez em quando a tensão agudiza-se a partir do binómio agitação/violência e assim acontece desde há várias semanas. Nunca se sabe exactamente como é que as coisas começam mas o Hamas, que controla a faixa de Gaza, anunciou que “vamos cumprir a nossa promessa de lançar um ataque massivo de foguetes contra Tel Aviv e arrabaldes, como resposta ao ataque inimigo contra torres residenciais”. As duas partes já anunciaram centenas de disparos – o Hamas já terá disparado 400 foguetes contra Israel, enquanto a aviação israelita anunciou ter atingido 150 alvos em Gaza. A violência já causou dezenas de mortos e as Nações Unidas, os Estados Unidos e a União Europeia já instaram as duas partes a interromper esta escalada. 

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