A problemática
das alterações climáticas e do aquecimento global está na ordem do dia, até
porque as catástrofes naturais parece que estão a aumentar, quer em frequência,
quer em intensidade. É, certamente, uma das principais preocupações do nosso tempo. Um pouco
por todo o planeta sucedem-se ciclones e furacões, cheias e inundações,
incêndios e secas extremas de efeitos imprevisíveis e devastadores. A mudança
dos padrões climáticos está a afectar a produção de alimentos, a qualidade da
vida humana e ameaça a subida do nível das águas do mar. A humanidade enfrenta
uma crise climática muito severa mas, como tem sido referido muitas vezes por
António Guterres, o secretário-geral das Nações Unidas, é uma batalha que
podemos vencer, se os líderes políticos e empresariais unirem esforços e se a
Economia e a Ciência trabalharem em conjunto.
Na edição de hoje
do jornal The
New York Times é destacada uma alargada reportagem sobre o aquecimento
global do planeta e sobre a Corrente
Circumpolar Antárctica, ainda pouco conhecida, mas que se sabe actuar como
um potente motor climático que circula em torno da Antártida e que gera uma
força fria que tem impedido que o aquecimento global seja ainda maior. Porém, o
aquecimento global também está a afectar o oceano Glacial Antártico e o glaciar
Thwaites, que é um dos maiores da Antártida e que tem sido considerado muito
estável, está a desenvolver fendas que podem acelerar a sua desintegração num
prazo de três a cinco anos, o que pode elevar o nível do mar em cerca de meio
metro. Daí a preocupação dos cientistas e o seu esforço para conhecer melhor a
realidade antártica e as suas influências climáticas.
Durante séculos,
os mares do sul eram identificados como a região dos ventos ciclónicos, das enormes
tempestades, dos frios intensos e da caça à baleia. Agora os cientistas, estão
empenhados como nunca na descoberta dos mares da Antártida e dos seus efeitos
climáticos.
Sem comentários:
Enviar um comentário