segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

Concursos de beleza e igualdade de género

Na cidade israelita de Éilat, nas margens do mar Vermelho, uma jovem indiana chamada Harnaaz Sandhu foi ontem coroada Miss Universo 2021. Segundo as crónicas, a vencedora bateu 79 outras beldades provenientes de vários países e territórios, incluindo a paraguaia Nadia Ferreira que ficou em segundo lugar, a sul-africana Lalela Mswane que obteve o terceiro lugar e as concorrentes das Filipinas e da Colômbia. Como sempre nestes concursos, a vencedora afirmou defender os direitos das mulheres, amar a sua família e gostar de cozinhar, de dançar e de ler, além de possuir várias outras virtudes. Oriunda de Chandigarh, no norte da Índia, a jovem terá provocado uma onda de orgulho nacional porque, 21 anos depois da última vitória indiana, ela trouxe aquele título de volta à Índia.
Embora alguns países europeus ainda participem neste tipo de festivais, já ninguém lhes dá importância e são feitas muitas críticas a estes concursos de beleza, que têm mais de humilhantes do que prestigiantes e que acontecem num tempo em que os direitos das mulheres e a igualdade de género ocupam as agendas políticas e culturais em quase todo o mundo. Porém, não é isso que se passa por exemplo na América do Sul, onde este tipo de concursos colhe muito apreço da imprensa e da opinião pública. Assim, na sua edição de domingo, o jornal colombiano El Universal publicava com grande destaque uma fotografia da sua candidata à “elección de la mujer más bella del universo”.
O jornal informava os seus leitores que Valeria Ayos ”deslumbró el viernes en la gala preliminar del certamen” e afirmava que “Colombia vuela alto en Miss Universo”.
Que alegria para toda a Colômbia, mas que grande injustiça o que fizeram à Valeria ao darem-lhe apenas o quinto lugar no concurso.

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