Na cidade
israelita de Éilat, nas margens do mar Vermelho, uma jovem indiana chamada
Harnaaz Sandhu foi ontem coroada Miss Universo 2021. Segundo as crónicas, a
vencedora bateu 79 outras beldades provenientes de vários países e territórios,
incluindo a paraguaia Nadia Ferreira que ficou em segundo lugar, a sul-africana
Lalela Mswane que obteve o terceiro lugar e as concorrentes das Filipinas e da
Colômbia. Como sempre nestes concursos, a vencedora afirmou defender os
direitos das mulheres, amar a sua família e gostar de cozinhar, de dançar e de
ler, além de possuir várias outras virtudes. Oriunda de Chandigarh, no norte da
Índia, a jovem terá provocado uma onda de orgulho nacional porque, 21 anos
depois da última vitória indiana, ela trouxe aquele título de volta à Índia.
Embora alguns
países europeus ainda participem neste tipo de festivais, já ninguém lhes dá
importância e são feitas muitas críticas a estes concursos de beleza, que têm mais
de humilhantes do que prestigiantes e que acontecem num tempo em que os direitos das mulheres
e a igualdade de género ocupam as agendas políticas e culturais em quase todo o
mundo. Porém, não é isso que se passa por exemplo na América do Sul, onde este
tipo de concursos colhe muito apreço da imprensa e da opinião pública. Assim,
na sua edição de domingo, o jornal colombiano El Universal publicava
com grande destaque uma fotografia da sua candidata à “elección de la mujer más
bella del universo”.
O jornal
informava os seus leitores que Valeria Ayos ”deslumbró el viernes en la gala
preliminar del certamen” e afirmava que “Colombia vuela alto en Miss Universo”.
Que alegria para toda a Colômbia, mas que grande injustiça o que fizeram à Valeria ao darem-lhe
apenas o quinto lugar no concurso.
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