quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

O novo rosto político da Alemanha

Os deputados que têm assento no Parlamento alemão aprovaram ontem por 395 votos a favor, 303 votos contra e 6 abstenções, o novo governo chefiado pelo social-democrata Olaf Scholz, que até agora era o vice-chanceler e ministro das Finanças no governo de coligação chefiado pela conservadora Angela Merkel.
Dois meses depois da sua vitória nas eleições legislativas, o Partido Social Democrata (SPD) e o seu líder Olaf Scholz concretizaram um acordo de coligação com os liberais do FDP e os Verdes. Depois de 16 anos de poder da CDU e da chanceler Angela Merkel, o centro-esquerda político alemão regressou ao poder e esse facto é relevante na cena política europeia, pois terá influência na vida dos europeus e em muitos dos problemas que estão actualmente em agenda e que a todos preocupam. Um novo chanceler na Alemanha é um assunto importante não só para os alemães, mas também para os europeus e até para o mundo, porque é lá que se fazem os Mercedes, os Audi, os BMW, os Porsche e os Volkswagen. É lá que estão os comandos da Siemens, da Bosch e da Bayer e de muitas outras grandes empresas.
Entretanto, o Presidente da República decidiu condecorar Angela Merkel com uma apropriada condecoração pelo seu contributo para o fortalecimento da União Europeia e pelo seu apoio a causas humanitárias, ao diálogo e à paz.
A imprensa mundial publicou a fotografia de Angela Merkel e de Olaf Scholz, como homenagem a quem sai e como incentivo a quem entra, mas essa fotografia também mostra o valor do diálogo político e das coligações partidárias para governar, o que parece ser um exemplo para ser imitado em Portugal, um país onde se adoptam outras regras para gerir o poder.

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