Depois de cerca
de 85 dias de actividade, o vulcão Cumbre Vieja foi considerado extinto, tanto
pelos cientistas como pelas autoridades, o que veio aliviar a tensão das
populações da ilha de La Palma, no arquipélago das Canárias, tendo o jornal El
Día de Tenerife anunciado o “fin”, na sua primeira página.
A erupção
iniciou-se no dia 19 de Setembro na parte sul da ilha de La Palma e, durante
cerca de três meses, expeliu toneladas de lava que invadiram milhares de
hectares de terrenos agrícolas, soterraram algumas centenas de casas e forçaram
à retirada de mais de duas mil pessoas. Os danos causados pelo vulcão foram
enormes e cerca de 1300 casas de habitação, bem como casas agrícolas, hotéis,
escolas e outras infraestruturas, assim como cerca de 73 quilómetros de
estradas foram cobertas pela lava, enquanto as redes de distribuição de água,
electricidade e linhas telefónicas da região também foram destruídas ou
danificadas.
Segundo o comité
científico que acompanhou a actividade do vulcão, a sua última erupção
aconteceu no dia 13 de Dezembro, quando cessaram os abalos de terra e todos os
parâmetros vulcanológicos diminuíram. Depois, decorreram dez dias consecutivos
sem sinais visíveis de actividade, que é o período cientificamente recomendado
para confirmar o fim da erupção, pelo que só depois foi confirmado o seu fim.
De acordo com as informações divulgadas, a erupção aumentou a área da ilha em
43 hectares, resultantes da criação de deltas de lava e fajãs que atingiram as
águas atlânticas.
Agora, já se
anunciam as operações de realojamento das pessoas que perderam as suas casas,
bem como a limpeza e a reconstrução do território, mas os cientistas pretendem
que o Cumbre Vieja se transforme num local de estudo dos fenómenos
vulcanológicos.
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