O jornal turco Daily
Sabah anunciou na sua edição de ontem a entrada ao serviço do novo TCG Anadolu (L-400), afirmando ser o
primeiro porta-drones, ou um navio
com uma plataforma de voo destinada a aeronaves não tripuladas. Na cerimónia da
entrega deste novo navio-chefe da Marinha Turca, o presidente Recep Tayyip Erdoğan afirmou que o Anadolu
é um símbolo do "século da Turquia”, salientou que o seu país é um
dos poucos países do mundo que fabrica os
seus próprios navios de guerra e não escondeu a sua ambição para tornar a
Turquia numa potência regional. Erdoğan classificou
como "histórico" o facto de nos últimos vinte anos, a dependência
externa do sector da defesa turca ter caído de 80 para 20%, o que mostra a
evolução e a ambição turcas.
A Turquia começou oficialmente a construir
este seu primeiro navio dispondo de plataforma para aterragem de aéreos em
2016, quando Erdoğan já anunciava a sua intenção de fabricar um porta-aviões
movido a energia nuclear. Ainda não é esse navio com que sonhou, mas aproxima-se. O TCG
Anadolu foi construído nos estaleiros de Istambul através de um consórcio com a
construtora espanhola Navantia e utilizou os planos e as tecnologias do navio
de assalto anfíbio multiusos e porta-aviões Juan
Carlos I (L-61).
Na semana passada o jornal francês Le Parisien destacou como tema de primeira página o “nouveau
porte-avions” francês que terá propulsão nuclear, afirmando que “ce bateau sera
une cathédrale de technologie”, que custará dez mil milhões de euros e estará
pronto em finais de 2025.
Já não bastavam a Ucrânia e Taiwan para nos
preocuparmos. O paradigma de Samuelson - canhões ou manteiga - parece estar a virar-se para os canhões, pois há alguns países a fazer musculação e a equipar-se com
porta-aviões.
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