A edição de hoje
do jornal The Pioneer, que se publica em Nova Delhi, destaca que a fúria
da monção (monsoon) devastou o norte
da Índia e que, entre sábado e domingo, a capital indiana suportou um forte
período de chuvas e registou 153 milímetros de pluviosidade, batendo um recorde
de 41 anos, o que parece ser mais um exemplo das alterações climáticas que vão
perturbando a estabilidade do nosso planeta.
A monção é um fenómeno
meteorológico caracterizado por vento forte que ocorre em várias regiões asiáticas
confinantes com os oceanos Índico e Pacífico e que resulta do desigual
aquecimento da terra e do mar. O diferencial térmico entre o mar e a terra nessas
regiões tropicais e subtropicais provoca ventos que, no caso da monção de Verão
da Índia que ocorre de Junho a Setembro, sopram do mar para a terra e transportam
muita humidade e provocam chuvas torrenciais, por vezes durante vários dias seguidos,
tanto na costa ocidental da Índia, como no interior da península do Industão. A
monção fertiliza as terras e ressuscita a vida depois de vários meses de seca
extrema, mas a intensidade das chuvas provoca o aumento do caudal dos rios,
inundações e deslizamento de terras, que afectam milhares de pessoas e provocam
a perda de vidas. Muitas construções e árvores não resistiram à força do binómio
vento/chuva, enquanto muitas escolas foram encerradas, o movimento ferroviário foi
suspenso e muitos aeroportos foram encerrados por períodos prolongados.
A notícia do
jornal The Pioneer relata detalhadamente as ocorrências, muitas delas
dramáticas, provocadas pela monção no noroeste da Índia, incluindo na capital
Nova Delhi, mas surpreendentemente não há referências ao estado de Goa, onde a
monção é usualmente muito intensa em termos de vento, chuva e agitação marítima.
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