Hoje celebra-se o
14 Juillet, a Festa Nacional de
França, em que se evoca a tomada da Bastilha, que em 1789 constituiu um passo
decisivo no arranque da Revolução Francesa. Os franceses festejam este feriado
nacional com festas populares e paradas militares por todo o país mas, também,
com uma das mais importantes etapas da 110ª edição do Tour de France. Os ciclistas disputam hoje a 13ª etapa iniciando o
“assalto” aos Alpes e, no final da etapa, terão que subir os 17 quilómetros do
Gran Colombier, a famosa montanha da cordilheira do Jura.
O dinamarquês
Jonas Vingegaard e o esloveno Tajed Pogacar têm justificado o favoritismo que
lhes era atribuído desde o primeiro dia da prova e ocupam os dois primeiros
lugares da tabela classificativa, mas hoje vão entrar na fase final da luta
pela vitória. A rivalidade entre ambos é enorme e há grandes interesses
comerciais em volta das camisolas que vestem. Porém, como destaca a fotografia
que hoje é publicada na edição do jornal La Dépêche du Midi, os dois
ciclistas são amigos, são colegas de profissão, têm fair-play e grande desportivismo. Hoje irão medir forças e suscitar
o entusiasmo dos milhares de pessoas que os acompanharão na estrada e dos
milhões que os irão ver pela televisão, mas eles saberão estar à altura da sua
rivalidade e dos interesses que profissionalmente defendem. É uma bela lição
que dão ao mundo, numa altura em que no leste da Ucrânia se agudiza a guerra e
em que a lógica belicista e os interesses que lhe estão associados se acentuam.
É uma pena que a
paz na Ucrânia não dependa de Vingegaard e de Pogacar, pois eles saberiam lutar
pelos seus interesses com determinação e coragem, à mesa das negociações como na estrada, mas certamente em clima de paz e de concórdia.
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