Os tradicionais meios
de comunicação social ou mass media são
a imprensa, a rádio e a televisão, mas com o aparecimento de novos suportes
como a internet e as redes sociais, a imprensa e a rádio têm perdido influência
no espaço mediático. Dessa forma, esses meios de comunicação têm menos leitores
e menos ouvintes, as suas audiências regridem, as suas receitas publicitárias descem
e as suas equações económicas tornam-se mais difíceis de resolver. Por isso, o
jornalismo e os jornais independentes são cada vez mais raros, sendo os
leitores e os ouvintes confrontados com manipulações e inverdades de toda a
ordem.
No caso dos
jornais – mas não só nos jornais – a sobrevivência “obriga” a que os seus
espaços cedam a lógica noticiosa e informativa, às lógicas da publicidade
comercial e da propaganda política. Assim, para que possam “sobreviver”, os
jornais disponibilizam e vendem cada vez mais o seu espaço para fins não
informativos, deixando de ser suportes com notícias, para se transformarem em plataformas
ao serviço de quem paga para vender produtos, serviços ou ideias. É, evidentemente, o fim do jornalismo independente.
No passado
dia 19 de Setembro a primeira página do The
New York Times era ocupada com um anúncio das malas de alumínio da marca Rimowa e no dia 21 de Setembro o diário
espanhol ABC cedia toda a sua
primeira página para expressar a sua gratidão à Coca-Cola, “por estos 25 años
juntos”. Ontem foi a Folha de S. Paulo
e outros jornais brasileiros, que publicaram em primeira página, um “informe
publicitário” relativo à reunião do G20 do próximo ano no Rio de Janeiro, numa
evidente cedência à propaganda do governo brasileiro.
Nestes casos, o The New York Times, o ABC e a Folha de S. Paulo puderam facturar muitos milhares para equilibrar
a sua tesouraria, mas cada um deles “violou” a sua independência jornalística e abalou a sua credibilidade junto dos seus leitores.
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