quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

COP28: será o fim das energias fósseis?

Os trabalhos da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023, ou COP28, que se realizaram no Dubai, chegaram ao fim depois de duas semanas de intensas negociações e, pela primeira vez na história destas conferências organizadas pelas Nações Unidas, foi alcançado um acordo que prevê o fim da era do petróleo ou, pelo menos, a redução do seu consumo. Porém, embora o apelo à eliminação progressiva dos combustíveis sólidos tivesse sido uma grande vitória da COP28, tem muitos aspectos por esclarecer, sobretudo porque não impõe prazos, nem limites à produção de petróleo, gás natural e carvão.
Este acordo não foi fácil e a COP28 esteve em riscos de falhar, mas a maior parte dos duzentos países e organizações presentes aplaudiu o resultado alcançado, que também satisfez António Guterres, o secretário-geral das Nações Unidas, que declarou: “esperemos que o acordo não chegue demasiado tarde”.
É sabido que o petróleo, o gás natural e o carvão pesam cerca de 80% no consumo energético mundial e que essas energias fósseis são as principais responsáveis pelas alterações climáticas que afectam o nosso planeta, pelo que o acordo alcançado no Dubai significa uma maior sensibilização à escala global e é realmente histórico. Porém, muitos recordam o acordo alcançado há dois anos em Glasgow para a redução do consumo de carvão que, de facto, tem continuado a aumentar, significando que as boas intenções das cimeiras têm tido poucos resultados.
A imprensa acompanhou os trabalhos da COP28, mas o jornal parisiense La Croix perguntava na sua edição de hoje se é o fim das energias fósseis.

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