O resultado da votação na ONU (UN News) |
A Assembleia
Geral das Nações Unidas aprovou no dia 12 de Dezembro uma resolução não
vinculativa mas influente, que exige um cessar-fogo humanitário imediato em
Gaza, depois dessa mesma exigência ter sido rejeitada pelo Conselho de
Segurança alguns dias antes, devido ao veto dos Estados Unidos. O projecto de
resolução foi apresentado pelo Egipto com o apoio de oito dezenas de estados,
incluindo Portugal, tendo sido apoiado por 153 votos a favor, 10 votos contra e
23 abstenções – um resultado considerado “esmagador”.
O texto expressa
grande preocupação pelo sofrimento dos civis palestinianos e pela catastrófica
situação que se vive em Gaza, onde se estima já terem sido mortas 18 mil
pessoas desde o dia 7 de Outubro, devido aos ataques do Hamas e às acções de retaliação
de Israel. Além disso, o texto pede o cumprimento das leis internacionais que
protegem civis e exige a libertação imediata e incondicional de todos os reféns
em poder do Hamas.
A votação
reflecte o crescente isolamento internacional dos Estados Unidos e de Israel,
que se recusam a apoiar um cessar-fogo em Gaza, persistindo na sua intenção de
neutralizar o Hamas, mesmo que isso represente o genocídio do povo
palestiniano. Os Estados Unidos, que são os maiores aliados e os principais
fornecedores de armamento a Israel, são cada vez mais vistos como cúmplices dos
crimes cometidos pela retaliação israelita, mas são a única entidade capaz de
persuador o extremismo de Benjamin Netanyahu a aceitar um cessar-fogo. Daí que
Joe Biden, já tenha alertado para o facto de Israel estar a perder apoio
internacional devido ao “bombardeamento indiscriminado” de Gaza.
Curiosamente, ou
não, a imprensa nacional ou internacional não destacou esta esmagadora votação
da Assembleia Geral das Nações Unidas nas suas primeiras páginas.
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