quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

O mundo apela ao cessar-fogo em Gaza

O resultado da votação na ONU (UN News)
A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou no dia 12 de Dezembro uma resolução não vinculativa mas influente, que exige um cessar-fogo humanitário imediato em Gaza, depois dessa mesma exigência ter sido rejeitada pelo Conselho de Segurança alguns dias antes, devido ao veto dos Estados Unidos. O projecto de resolução foi apresentado pelo Egipto com o apoio de oito dezenas de estados, incluindo Portugal, tendo sido apoiado por 153 votos a favor, 10 votos contra e 23 abstenções – um resultado considerado “esmagador”.
O texto expressa grande preocupação pelo sofrimento dos civis palestinianos e pela catastrófica situação que se vive em Gaza, onde se estima já terem sido mortas 18 mil pessoas desde o dia 7 de Outubro, devido aos ataques do Hamas e às acções de retaliação de Israel. Além disso, o texto pede o cumprimento das leis internacionais que protegem civis e exige a libertação imediata e incondicional de todos os reféns em poder do Hamas.
A votação reflecte o crescente isolamento internacional dos Estados Unidos e de Israel, que se recusam a apoiar um cessar-fogo em Gaza, persistindo na sua intenção de neutralizar o Hamas, mesmo que isso represente o genocídio do povo palestiniano. Os Estados Unidos, que são os maiores aliados e os principais fornecedores de armamento a Israel, são cada vez mais vistos como cúmplices dos crimes cometidos pela retaliação israelita, mas são a única entidade capaz de persuador o extremismo de Benjamin Netanyahu a aceitar um cessar-fogo. Daí que Joe Biden, já tenha alertado para o facto de Israel estar a perder apoio internacional devido ao “bombardeamento indiscriminado” de Gaza.
Curiosamente, ou não, a imprensa nacional ou internacional não destacou esta esmagadora votação da Assembleia Geral das Nações Unidas nas suas primeiras páginas.

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