As eleições
realizadas no passado dia 4 de julho no Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda
do Norte tiveram um resultado demolidor para o governo do Partido Conservador e
deram a vitória ao Partido Trabalhista de Keir Starmer, que conquistou 412 dos
650 lugares do Parlamento (antes tinha 205), o que significa que conquistou a maioria
absoluta.
Depois dos
trabalhistas Tony Blair e Gordon Brown, a partir de 2010 o governo de Sua
Majestade foi exercido pelos primeiros-ministros conservadores David Cameron,
Theresa May, Boris Johnson, Liz Truss e Rishi Sunak. Foram 14 anos em que
aconteceu o Brexit, o covid-19, vários
escândalos políticos e a instabilidade global se acentuou nos serviços públicos,
na economia, na segurança e na imigração. Os Conservadores foram fortemente
penalizados e têm agora 121 deputados (antes tinham 344).
A terceira força
política britânica são os Liberais Democratas que passaram a ter 71 deputados (antes
tinham apenas 15). Como nota de curiosidade, regista-se a eleição à oitava tentativa
de Nigel Farage, lider dos Reformistas de extrema-direita e considerado o pai
do Brexit, que passaram a ter 4 deputados.
Os britânicos
votaram na 4ª feira e na 6ª feira de manhã o rei Carlos III recebeu Keir Starmer
no Palácio de Buckingham e convidou-o a formar governo. Aceite o convite, Starmer
foi investido ao início da tarde e dirigiu-se depois para o número 10 de
Downing Street, onde fez uma curta declaração a anunciar a necessidade de uma “renovação
nacional” e da “devolução da política ao serviço público”, começando de
imediato a trabalhar. Tudo rápido como deve ser.
Porém, a maior
curiosidade da política britânica é a sua viragem à esquerda, quando na Europa
e nos Estados Unidos parece estar em curso uma viragem para a direita.
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