À margem dos
desempenhos desportivos e da luta pelas medalhas, os Jogos Olímpicos também são
uma “quase-competição” pela captura das melhores fotografias, na qual
“participam” centenas de fotojornalistas do mundo inteiro.
Um deles é Jerôme
Brouillet, um fotojornalista francês da Agence France-Presse, que ontem em Teahupo’o, na ilha do Taiti da
Polinésia Francesa, se encontrava a bordo de uma pequena embarcação para
fotografar as provas de surf olímpico, tendo-se posicionado nas proximidades do
“tubo” provocado pela rebentação da onda, por onde os surfistas iriam passar, a
fim de fotografar a sua “saída do tubo”.
Quando o surfista
brasileiro Gabriel Medina “surfou” uma das maiores ondas do dia, teve a sensação
que lhe correra muito bem e “saíu” em linha recta acima das ondas, manifestando exuberante satisfação pela sua prestação. Jerôme Brouillet “estava lá” e fez a fotografia
desse instante em que Gabriel Medina “saía” de um “tubo” que lhe rendeu 9,90
pontos, a maior pontuação da história do surf olímpico, apontando um dedo para
o céu, com a prancha ao seu lado que, por acaso, também apontava para o céu.
A fotografia de
“um surfista a voar” correu mundo, já foi considerada a “foto perfeita” e um
grupo de comunicação australiano escreveu que era “a melhor foto de desporto de
todos os tempos”.
A foto de Jerôme
Brouillet foi publicada na primeira página do jornal O Globo, mas como
celebrava Gabriel Medina, também foi publicada por toda a imprensa brasileira
de referência. Ainda faltam duas semanas para o fim dos Jogos Olímpicos, mas já
há quem diga que esta é a mais icónica de todas as que vierem a ser feitas.
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