O jornalista
brasileiro Renato Alves do diário Correio Braziliense conseguiu um
visto especial para visitar a Coreia do Norte durante dez dias e, apesar da
vigilância a que esteve sujeito pelo regime de Kim Jong-un, conseguiu recolher mais
de 500 fotografias, dezenas de curtos vídeos e muitas histórias.
No passado dia 3 de Setembro, data em que se realizou o sexto e, até então, mais potente teste nuclear norte-coreano, o jornalista estava em Pyongyang e sentiu a terra tremer debaixo dos seus pés.
No passado dia 3 de Setembro, data em que se realizou o sexto e, até então, mais potente teste nuclear norte-coreano, o jornalista estava em Pyongyang e sentiu a terra tremer debaixo dos seus pés.
A extensa reportagem
dessa visita à Coreia do Norte começou a ser publicada no seu jornal com o título “Passaporte
para o segredo” e ontem foi dedicada ao “fantasma de 105 andares” ou ao “ícone
do desperdício” que existe em Pyongyang.
Trata-se de um
arranha-céus inacabado que se situa no centro da cidade e que é impossível não
ser visto com os seus 330
metros de altura. Seria ou é o Hotel Ryugyong, pensado
como o maior hotel do mundo e como símbolo de modernidade de um país ambicioso
e em ascensão.
A sua construção
iniciou-se em 1987, mas nunca foi concluído devido aos mais diversos
contratempos, desde a falta de financiamento até ao aparecimento de problemas
estruturais. Em 2011 o governo norte-coreano decidiu concluir o exterior do
enorme edifício em forma de pirâmide, com painéis de vidro e antenas de telecomunicações, mas o seu
interior continuou vazio. Trinta anos depois do início da sua construção, a
fachada do Hotel Ryugyong está completa e com as janelas instaladas, mas o seu
interior continua vazio, enquanto os seus 3 mil quartos
continuam sem equipamentos e sem hóspedes. Caso tivesse sido
concluído em 1989 seria o maior hotel do mundo, mas actualmente seria apenas o
47º mais alto e o quinto maior em número de quartos.
Em vez de Kim
Jong-un e Donald Trump se ameaçarem constantemente, porque não chegam a um
acordo para que a experiência hoteleira da Trump Organization, que opera a
partir da Trump Tower em Manhattan, possa resolver o problema do Hotel
Ryugyong? O Donald nunca escondeu que gosta de bons negócios e esta pode ser
uma boa oportunidade para estender os seus interesses até à Coreia do Norte.
Excelente ideia! Talvez nos trouxesse algum alívio o ocuparem o tempo nestes negócios.
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