A edição de hoje
do jornal El Pueblo de Ceuta publica uma entrevista com Juan Jesús Vivas
Lara, o actual presidente do governo e alcaide-presidente da Ciudad Autónoma de
Ceuta, que tem 65 anos de idade, é economista formado na Universidade de Málaga,
representa o Partido Popular e ocupa o seu cargo desde o dia 7 de Fevereiro de
2001.
O
presidente-alcaide é escolhido pela Assembleia de Ceuta e confirmado pelo rei
de Espanha, mas o facto de levar 18 anos de presidência por escolha democrática
dos deputados ceitis é um facto a salientar.
Porém, não é a
entrevista que nos desperta a atenção, mas o facto de Juan Vivas ter sido
fotografado no seu gabinete em frente do brasão de armas da cidade de Ceuta,
que é o escudo português que a cidade conserva desde que foi conquistada por D.
João I em Agosto de 1415.
Em 1580, quando Filipe II de Espanha reivindicou os
seus direitos ao trono de Portugal, enquanto neto de D. Manuel I e genro de D.
João III, foi instituída a União Ibérica mas o governo da cidade de Ceuta continuou
a ser da responsabilidade portuguesa. No entanto, quando em 1640 foi restaurada
a independência portuguesa, a cidade de Ceuta decidiu não reconhecer D. João IV
e permanecer sob o domínio espanhol, o que veio a ser oficializado através do
Tratado de Lisboa assinado pelos dois países ibéricos em 1668.
A bandeira de
Lisboa gironada com oito peças de negro e prata, assim como o brasão de armas
de Portugal, nunca deixaram de ser os símbolos da cidade de Ceuta, que também foi
o ponto de partida para a expansão marítima portuguesa.
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