Faleceu Filipe
Mountbatten, o Duque de Edimburgo, que completava cem anos no próximo dia 10 de
Junho.
Filipe nasceu em 1921 na ilha grega de Corfu e descendia das casas reais
grega e dinamarquesa, mas a sua família foi expulsa do país no ano seguinte, na
sequência de um violento golpe de estado. Estudou em vários países e em 1939,
com 18 anos de idade, alistou-se como cadete no Royal Naval College of Dartmouth, onde obteve a melhor classificação do seu
curso. O mundo estava em guerra e em 1940, como guarda-marinha da Royal Navy, seguiu para a
ilha de Ceilão onde embarcou no cruzador HMS Ramilles, tendo servido seis meses no oceano Índico. Foi destacado
depois para o cruzador HMS Valiant no
Mediterrâneo, mas pouco tempo depois, já como subtenente, regressou às ilhas Britânicas para frequentar alguns cursos técnicos de especialização. Embarcou de seguida no
destroyer HMS Wallace, baseado em
Rosyth, tendo estado empenhado nas escoltas aos comboios que atravessavam o
Atlântico. Foi promovido a 1º tenente, tornou-se o oficial imediato daquele mesmo navio que veio a tomar parte no desembarque aliado na Sicília. Serviu depois no destroyer HMS Whelp no Índico e no Pacífico e esteve
com esse navio na baía de Tóquio, quando os japoneses assinaram a sua rendição.
Depois de uma intensa actividade como oficial da Royal Navy, que incluíu alguns combates navais, no dia
20 de Novembro de 1947 casou com Isabel, a filha mais velha do rei Jorge VI,
recebendo o estilo de Sua Alteza Real e o título de Duque de Edimburgo.
Continuou no serviço activo da Marinha e foi promovido a oficial superior, mas retirou-se em 1952, quando Isabel subiu ao trono.
A partir de então e durante 69 anos foi o príncipe consorte da Rainha, que
acompanhou com uma presença discreta, sorridente e bem-humorada, que conquistou
a simpatia do povo britânico, de meio mundo e até de um republicano como eu.
A notícia da sua morte e a sua
fotografia estão hoje nos jornais do mundo inteiro.
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