A pandemia em
Portugal tem estado muito controlada e, desde há vários dias, que o número de
óbitos se situa abaixo de uma dezena e que o número de novos contágios se situa
um pouco acima das cinco centenas, quando em fins de Janeiro chegou a atingir
três centenas de óbitos e quinze mil novos casos. O país está em
desconfinamento a conta-gotas e já foram aplicadas dois milhões de vacinas. Tudo
parece seguir no bom caminho e os níveis de confiança da população estão a
aumentar. No entanto, o que se passa em Portugal é diferente do que se passa em
alguns países europeus e, sobretudo, no Brasil.
O jornal Correio
Braziliense anunciou ontem que, pela primeira vez, o Brasil registou “mais
de quatro mil mortos em um dia”, o que mostra que o país está a passar por uma
situação muito difícil e que parece ter sido escolhido pela pandemia para se
instalar. Actualmente já estão contabilizados 345 mil óbitos no país, o que
coloca o Brasil no segundo lugar dos países com mais óbitos por covid-19, superando o número de mortos
de países mais populosos que o Brasil, como por exemplo a China, a Índia, a
Indonésia ou o Paquistão.
A animadora situação
portuguesa e a preocupante situação brasileira não acontecem por acaso, pois
estão relacionadas com os comportamentos sociais e culturais das populações e
com as políticas sanitárias que são executadas pelas autoridades. Hoje não
estou com vontade de falar a respeito do fanfarrão Bolsonaro, mas aproveito
para elogiar mais uma vez a forma como tem sido conduzida a política sanitária
em Portugal, apesar das pressões irresponsáveis de algumas corporações e de
outros interesses.
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