O farol de Cordouan,
que fica situado sobre uns rochedos na foz do estuário do rio Gironda e a cerca
de sete quilómetros de terra, foi construído entre 1584 e 1611, sendo o mais
antigo farol francês ainda em funcionamento. É constituído por uma artística torre
com 67,5 metros de altura e tem seis andares, no primeiro dos quais se
encontram os aposentos reais decorados com pilastras e, no segundo, uma capela
decorada com vitrais, sendo por vezes apelidado como o “Versalhes do mar”. O
edifício tem uma arquitectura única, foi classificado como monumento histórico
em 1862 e o acesso ao topo da torre e ao sistema de iluminação é feito por uma monumental
escadaria com 301 degraus. O farol recebe cerca de 24 mil visitantes por ano e
é visitável de Abril a Outubro, demorando cerca de 45 minutos a percorrer a
distância de terra ao farol.
Na passada semana
o Comité do Património Mundial da Unesco reuniu na cidade chinesa de Fuzhou e, com
base no seu excepcional interesse para a herança cultural da humanidade, decidiu
incluir o Farol de Cordouan na sua Lista do Património Mundial. Com mais de
quatro séculos de serviço aos navegantes, o Farol de Cordouan é o último farol
habitado das costas francesas e é o segundo farol europeu a ser classificado
pela Unesco, depois do farol espanhol de La Coruña, conhecido por Torre de
Hércules.
O jornal Sud
Ouest, que se publica em Bordéus, deu um justificado destaque à decisão
da Unesco e escreveu que foi “a coroação de um rei”.
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