A Escócia é um
país que em 1707 se uniu com a Inglaterra e formou a Grã-Bretanha, a qual mais
tarde se associou com o País de Gales e com a Irlanda do Norte, passando a
constituir o Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda ou, simplesmente, Reino
Unido.
Os escoceses, que
são mais de cinco milhões de pessoas, têm uma forte identidade nacional e
profundos sentimentos autonomistas, havendo muitos deles que defendem ideais
independentistas.
Em 2014, após um
acordo entre os governos do Reino Unido e da Escócia, foi realizado um
referendo em que foi perguntado aos eleitores se “a Escócia deve ser um país
independente?”, tendo havido 44,7% que votaram sim e 55,3% que votaram não.
Seguiu-se em 2016
um referendo geral sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia em que
o brexit ganhou com 51,9% dos votos,
mas a Escócia votou maioritariamente pela permanência na União Europeia com 62%
dos votos. Esse resultado mostrou um maior distanciamento de Edimburgo em
relação a Londres e, no dia seguinte à votação, a primeira-ministra escocesa
Nicola Sturgeon que lidera o Partido Nacional Escocês pró-independência, afirmou
que um segundo plebiscito pela independência da Escócia estava em cima da mesa.
Porém, as vicissitudes por que passou o brexit
e a pandemia de covid-19 atrasaram
essa intenção, até que as excentricidades de Boris Johnson e o sucesso do seu
partido nas eleições locais do ano passado, fizeram renascer a ideia de um
segundo plebiscito que Nicola Sturgeon quer que seja realizado no dia 19 de
Outubro de 2023. No entanto, o governo escocês não tem autonomia total para
realizar esta consulta popular e precisa da prévia autorização do Supremo
Tribunal, ou seja, a intenção de Sturgeon é, por agora, apenas isso.
O jornal The
National, the newspaper that
supports an independence, foi o jornal escocês que mais destaque deu à
intenção de realizar um segundo referendo e diz aos seus leitores que têm
apenas 16 meses “to save Scotland from Westminster”.
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