A 27ª Conferência
das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, vulgarmente conhecida como COP27,
tem o seu início hoje em Sharm El Sheikh, no Egipto, para onde convergirão
muitos líderes mundiais a fim de tomarem parte na discussão das acções necessárias
para combater as alterações climáticas. Entre eles deverá estar o presidente
eleito do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva, que para tal foi convidado pelo
presidente egípcio Abdel Fatah al-Sissi, o que mostra que “o Brasil está de
volta”. Estas conferências realizam-se todos os anos para estimular os governos
a tomar medidas para limitar o aumento da temperatura global e, em 2015, conseguiu
um resultado histórico quando 194 países assinaram o Acordo de Paris, no qual todos
os países signatários se comprometeram a limitar o aumento da temperatura
global a 1,5ºC. Porém, os resultados têm sido insatisfatórios, a crise
climática acentua-se e multiplicam-se os avisos de tragédia um pouco por todo o
mundo.
António Guterres,
o secretário-geral das Nações Unidas, tem sido a voz mundial a alertar para a
catástrofe que ameaça o nosso planeta e lá estará em Sharm El Sheikh a apelar
para que sejam assumidos compromissos e que sejam cumpridos. Voltará a falar-se
da redução gradual do uso do carvão, do fim dos desmatamentos como o que se vem
verificando na Amazónia, na redução das emissões poluentes de metano e na
transição energética, mas também da ajuda dos países mais ricos aos países mais
pobres para que se preparem para as mudanças energéticas necessárias. A COP27 decorre
até ao dia 18: será que podemos ter esperança em algum resultado ou será mais
uma oportunidade perdida?
O jornal
financeiro francês La Tribune dedica a primeira página da sua edição de ontem à
COP27 e, segundo algumas notícias, o primeiro-ministro de Portugal falará hoje
em Sharm El Sheikh.
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