A edição de
Novembro do Courrier internacional publica, como sempre, uma selecção de
artigos da imprensa mundial sobre os temas mais importantes da actualidade
internacional, tendo escolhido nesta edição “a nova e louca corrida às armas”,
salientando que a guerra na Ucrânia agudizou tensões e fez disparar a produção
nas indústrias militares.
Em sete pequenos
artigos a revista procura ajudar os leitores a esclarecerem-se sobre esse tema,
tratando dos níveis de encomendas e contratos que estão a ser feitos e dos
orçamentos cada vez mais elevados que se destinam à defesa e aos armamentos,
bem como da aposta crescente na inovação para encontrar armas mais letais e com
menor intervenção humana. Para as indústrias do armamento, a guerra na Ucrânia
e a tensão em torno de Taiwan têm dado origem a um período de grande
prosperidade e um artigo publicado em Zurique refere que “os negócios correm
(explosivamente) bem”, enquanto um outro artigo publicado em Tóquio salienta
que “as carteiras de encomendas da Lockheed Martin ou da Raytheon Technologies
raramente estiveram tão cheias”.
O negócio está
alarmantemente próspero, como se verifica na enorme afluência de compradores
que visita as feiras ou salões de armamento, onde são apresentados aviões e
tanques, helicópteros e canhões, mísseis e drones, produzidos não só pelos
habituais países fabricantes de armamento, mas também pelas emergentes indústrias
militares turca, iraniana, israelita, suíça ou brasileira. Como salienta o
mencionado artigo publicado em Zurique, “ninguém rejubila com a situação na
Ucrânia, mas é forçoso reconhecer que ela é boa para os negócios, ainda que
ninguém o diga abertamente”.
Entretanto,
poucos falam do cessar-fogo ou do fim da guerra para acabar com “esta
catástrofe europeia”, mas muitos afirmam que “a Ucrânia precisa, mais do que
nunca, de armas”, ao mesmo tempo que toda a Europa suporta a inflação, o
aumento do custo de vida, a escassez energética e as incertezas e as angústias
deste tempo.
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