Durante quase
dois dias, os brasileiros e também os muitos amigos do Brasil, esperaram que
Jair Bolsonaro fizesse a tradicional declaração de aceitação dos resultados
eleitorais e felicitasse Luiz Inácio Lula da Silva. A generalidade dos líderes mundiais
já tinha felicitado o presidente eleito e as expectativas sobre o que Bolsonaro
iria dizer eram muito altas, não só pelo seu longo e enigmático silêncio, mas
também pelos sinais de contestação que começaram a aparecer na via pública, com
os bolsonaristas a bloquear estradas e a pedir um golpe militar. Alguns dos
mais importantes apoiantes de Bolsonaro já se tinham afastado e, aparentemente,
ele parecia imitar o comportamento desastrado de Donald Trump.
Finalmente, Bolsonaro falou,
mas “a montanha pariu um rato”. Falou apenas dois minutos e nove segundos e as
suas palavras foram equívocas e pouco claras, não tendo felicitado Lula da
Silva pela vitória, nem reconhecido expressamente a sua derrota, ao mesmo tempo que não
desautorizou os bloqueios de estradas e deixou no ar a ideia de que se manterá
na política brasileira. O seu breve discurso teve diferentes interpretações,
pois para uns foi a palavra de um homem derrotado, mas para outros foi a ameaça
de um homem que não aceita a derrota.
Ainda é prematuro
prever o que vai acontecer nas próximas horas e nos próximos dias. Entre os inúmeros
comentadores, uns dizem uma coisa e outros o seu contrário, mas parece que o bolsonarismo,
enquanto imitação do comportamento político de Donald Trump, não tem pernas
para andar no Brasil. Porém, os tempos que se aproximam serão certamente muito difíceis e,
como refere a revista Veja, terão que ser tempos de
reconstrução da unidade brasileira.
Porém, os brasileiros podem confiar no presidente
Lula da Silva!
Ao ver e ouvir alguns dos apoiantes do ainda presidente fica-se alarmado ...
ResponderEliminarPalavras lidas com ar crispado e sem olhar para as câmaras nem para os jornalistas, baixas, sem nível, ressabiadas, até antiprotocolares, dirigidas (e parece que só) aos arruaceiros, incitando-os indirectamente a continuarem com os bloqueios de estradas ao dizer que as manifestações "pacíficas" continuam legais, uma vez que os seus mais altos apoiantes (governadores, lideres de partidos) não o estarão a acompanhar.
ResponderEliminarOs telefonemas da maioria dos lideres mundiais a felicitar Lula minutos após o anúncio da sua vitória foi chave para evitar um novo golpe, desta vez militar.
ResponderEliminarMesmo com a utilização de meios ilícitos e do aparelho do Estado para reprimir milhões de pessoas de votarem no candidato adversário, Lula venceu as eleições. Eu destacaria a figura de Geraldo Alckmin, vice-Presidente eleito, como alguém que pode ajudar a pacificar o país e ser potencialmente o Presidente do Brasil em 2026.