terça-feira, 1 de novembro de 2022

A triste despedida de Jair Bolsonaro

Durante quase dois dias, os brasileiros e também os muitos amigos do Brasil, esperaram que Jair Bolsonaro fizesse a tradicional declaração de aceitação dos resultados eleitorais e felicitasse Luiz Inácio Lula da Silva. A generalidade dos líderes mundiais já tinha felicitado o presidente eleito e as expectativas sobre o que Bolsonaro iria dizer eram muito altas, não só pelo seu longo e enigmático silêncio, mas também pelos sinais de contestação que começaram a aparecer na via pública, com os bolsonaristas a bloquear estradas e a pedir um golpe militar. Alguns dos mais importantes apoiantes de Bolsonaro já se tinham afastado e, aparentemente, ele parecia imitar o comportamento desastrado de Donald Trump.
Finalmente, Bolsonaro falou, mas “a montanha pariu um rato”. Falou apenas dois minutos e nove segundos e as suas palavras foram equívocas e pouco claras, não tendo felicitado Lula da Silva pela vitória, nem reconhecido expressamente a sua derrota, ao mesmo tempo que não desautorizou os bloqueios de estradas e deixou no ar a ideia de que se manterá na política brasileira. O seu breve discurso teve diferentes interpretações, pois para uns foi a palavra de um homem derrotado, mas para outros foi a ameaça de um homem que não aceita a derrota.
Ainda é prematuro prever o que vai acontecer nas próximas horas e nos próximos dias. Entre os inúmeros comentadores, uns dizem uma coisa e outros o seu contrário, mas parece que o bolsonarismo, enquanto imitação do comportamento político de Donald Trump, não tem pernas para andar no Brasil. Porém, os tempos que se aproximam serão certamente muito difíceis e, como refere a revista Veja, terão que ser tempos de reconstrução da unidade brasileira. 
Porém, os brasileiros podem confiar no presidente Lula da Silva!

3 comentários:

  1. Ao ver e ouvir alguns dos apoiantes do ainda presidente fica-se alarmado ...

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  2. Palavras lidas com ar crispado e sem olhar para as câmaras nem para os jornalistas, baixas, sem nível, ressabiadas, até antiprotocolares, dirigidas (e parece que só) aos arruaceiros, incitando-os indirectamente a continuarem com os bloqueios de estradas ao dizer que as manifestações "pacíficas" continuam legais, uma vez que os seus mais altos apoiantes (governadores, lideres de partidos) não o estarão a acompanhar.

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  3. Os telefonemas da maioria dos lideres mundiais a felicitar Lula minutos após o anúncio da sua vitória foi chave para evitar um novo golpe, desta vez militar.
    Mesmo com a utilização de meios ilícitos e do aparelho do Estado para reprimir milhões de pessoas de votarem no candidato adversário, Lula venceu as eleições. Eu destacaria a figura de Geraldo Alckmin, vice-Presidente eleito, como alguém que pode ajudar a pacificar o país e ser potencialmente o Presidente do Brasil em 2026.

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