No passado
domingo realizaram-se as eleições regionais em doze das dezassete comunidades
autónomas espanholas e, também, as eleições municipais, completando-se assim o ciclo eleitoral local e regional espanhol, uma vez que as
eleições já tinham sido realizadas nas outras cinco regiões autónomas.
Os
resultados foram inequívocos, com o PSOE e o primeiro-ministro Pedro Sánchez a
sofrerem uma pesada derrota, enquanto o PP de Alberto Núñez Feijóo conseguiu
uma assinalável vitória. Dessa forma, o mapa regional da Espanha
deixou de ser dominado pelo PSOE, pelo que o PP já reivindica o início de um
novo ciclo político.
O PSOE que
governa a Espanha desde 2018, liderava os governos regionais de nove das
doze regiões que foram a votos e perdeu mais de metade, conservando apenas as
Astúrias, Canárias, Castela-la-Mancha e Navarra. Já o PP, que governava apenas
Madrid e Múrcia, poderá ficar a governar oito regiões autónomas se conseguir
concretizar alguns acordos de coligação.
No que respeita
às eleições municipais realizadas em todo o país, também o PP foi o partido
mais votado, conseguindo a maioria absoluta em Madrid e conquistando à esquerda
algumas grandes cidades, como Sevilha e Valência.
De uma forma
geral a imprensa espanhola destacou a derrota socialista e tem afirmado
que um tsunami atingiu o PSOE por todo o território. Perante este quadro, o primeiro-ministro Pedro Sánchez decidiu antecipar para 23
de Julho as eleições legislativas nacionais que estavam previstas para
Dezembro, conforme noticia o El País.
Chama-se a isto a
alternância do poder, que é uma das mais importantes marcas da Democracia,
embora esta mudança do eleitorado espanhol nos recorde a famosíssima frase de John Emerich Edward Dalberg-Acton, o
historiador britânico que numa carta dirigida em 1887 ao Bispo Mandell
Creighton, escreveu: “o poder corrompe e o poder absoluto corrompe
absolutamente”.
Os espanhóis parece que se cansaram daqueles que se deslumbram com o poder...
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