No passado dias
14 de Novembro o rei Carlos III da Inglaterra celebrou o seu 75º aniversário e
a Royal Canadian Mint apresentou em Winnipeg, as novas moedas do sistema monetário
canadiano que serão postas em circulação a partir de Dezembro, em que se
destaca a efígie de Carlos III.
Formalmente, Carlos
III é o rei ou chefe de Estado do Canadá, tal como acontece nos quinze reinos
da Comunidade das Nações (Commonwealth of Nations), onde se incluem também a
Austrália e a Nova Zelândia. Esta comunidade faz parte da Commonwealth
propriamente dita, que é uma organização intergovernamental de 56 estados
independentes, sem especial ligação ao rei da Inglaterra, pois até inclui 33
repúblicas.
Portanto, as
novas moedas e notas canadianas terão a efígie de Carlos III e substituirão as
peças monetárias que circulam desde 1953 com a efígie da rainha Isabel II. O
desenho da efigie de Carlos III foi criado pelo artista canadiano Steven Rosati,
tendo sido escolhido de entre 350 propostas que se candidararam e que foi
aprovado pelo palácio de Buckingham.
A edição de ontem
de Le
Journal de Montréal, critica subtilmente a decisão de escolher a figura
de Carlos III, tal como o Bloc Québécois, um partido nacionalista que defende a
independência da província do Quebec, pois “o governo de Trudeau não respeitou a opinião pública”
e, em vez de “homenagear aqueles que lutaram pela democracia e contribuíram
para a história do país, optaram por promover a monarquia em vez da democracia”.
Por caminho diferente andou a Austrália que, sendo uma monarquia da Commonwealth
of Nations e ter Carlos III como o seu rei, se recusou a introduzir a sua efígie nas notas e moedas australianas, quebrando uma prática que se verificava desde 1923. Na província do Quebec desabafou-se com um "oh, my God", mas na Austrália o rei foi simplesmente ignorado.
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