Os presidentes dos Estados Unidos e
da China, ou os senhores Joe Biden e Xi Jinping, encontraram-se frente a frente
numa cimeira bilateral em São Francisco, na Califórnia, no âmbito do fórum de
Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC).
Como foi noticiado pela imprensa “foi
o aperto de mão que o mundo esperava”.
Segundo foi divulgado pelo The Washington Post e pela imprensa americana, o encontro
decorreu durante mais de quatro horas, tendo sido tratados os problemas económicos e
comerciais pendentes entre os dois países e discutidas várias questões diplomáticas
que preocupam o mundo, como as guerras na Ucrânia e em Gaza e, naturalmente, a
questão de Taiwan, que a China pretende integrar pacificamente no seu
território através de um processo de reunificação, mas que continua a não ter o apoio
americano. Porém, mais importante do que os assuntos que possam ter sido
discutidos, a retoma do diálogo entre os dois líderes foi o melhor resultado
desta cimeira que o mundo tanto esperava, pois pode travar as escaladas
belicistas que por vezes afectam as suas relações, mas também pode ser um
contributo para atenuar as actuais tensões internacionais. No fim, realizou-se
uma conferência de imprensa em que Joe Biden considerou as conversas havidas
como “algumas das discussões mais construtivas e produtivas” que já tivera com
Xi Jinping, acrescentando que “o que estamos a tentar fazer é mudar a relação
para uma fase melhor”. No entanto, o ambiente de grande cordialidade que
caracterizou o encontro entre os dois líderes, não escondeu a enorme competição
que travam em todos os domínios e até parece ter sido afectado por algumas
declarações finais de Joe Biden, consideradas agressivas pelos chineses, mas que teriam sido utilizadas para servirem na campanha eleitoral americana, o que levou as autoridades chinesas a considerá-las irresponsáveis e inamistosas,
ou seja, na cimeira nem tudo aconteceu como parece, apesar de ter acontecido “o aperto de mão que o mundo esperava”.
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