A edição de ontem
do Jornal
de Angola evocou o início da luta armada de libertação nacional
angolana acontecido há 63 anos e escolheu como título da sua primeira página
que a “bravura dos Heróis abriu caminho para a liberdade”. Depois, o lead da notícia assinala que o dia 4 de
fevereiro de 1961 é a data em que um grupo de nacionalistas angolanos pegou em
armas e deu início à luta armada “que levou à Independência Nacional 14 anos
depois, a 11 de novembro de 1975”.
Naquele dia 4 de
fevereiro foram assaltadas as duas principais prisões de Luanda,
respectivamente a Casa de Reclusão Militar e o Forte de São Paulo, não só para
libertar os presos políticos, mas também para chamar a atenção internacional
para Angola, enquanto território português submetido ao domínio colonial. Essa
acção foi organizada por cerca de uma centena de activistas angolanos e dela
resultou a morte de cerca de quatro dezenas de assaltantes e de sete polícias.
A partir de então, embora repartido por três movimentos políticos rivais –
MPLA, UNITA e FNLA – o combate contra o regime colonial aconteceu primeiro no
Norte e, depois, no Leste de Angola. Foram cerca de 14 anos de guerra em que,
sob o ponto de vista militar, parece não ter havido vencedores nem vencidos,
mas que terminou na sequência do movimento do 25 de abril de 1974 em Portugal.
O Acordo de Alvor de Janeiro de 1975, foi assinado entre o governo português e
aqueles três movimentos, pretendendo estabelecer uma partilha de poder
equilibrada, mas não teve sucesso.
No dia 11 de
novembro de 1975, nasceu a República Popular de Angola sob a presidência de
Agostinho Neto, mas o país entrou numa guerra civil que durou até 2002. Tinham sido 41 anos de
guerra e, por isso, os angolanos celebram a paz e o início da sua luta armada de
libertação nacional.
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