segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Angola evoca o início da sua luta armada

A edição de ontem do Jornal de Angola evocou o início da luta armada de libertação nacional angolana acontecido há 63 anos e escolheu como título da sua primeira página que a “bravura dos Heróis abriu caminho para a liberdade”. Depois, o lead da notícia assinala que o dia 4 de fevereiro de 1961 é a data em que um grupo de nacionalistas angolanos pegou em armas e deu início à luta armada “que levou à Independência Nacional 14 anos depois, a 11 de novembro de 1975”.
Naquele dia 4 de fevereiro foram assaltadas as duas principais prisões de Luanda, respectivamente a Casa de Reclusão Militar e o Forte de São Paulo, não só para libertar os presos políticos, mas também para chamar a atenção internacional para Angola, enquanto território português submetido ao domínio colonial. Essa acção foi organizada por cerca de uma centena de activistas angolanos e dela resultou a morte de cerca de quatro dezenas de assaltantes e de sete polícias. A partir de então, embora repartido por três movimentos políticos rivais – MPLA, UNITA e FNLA – o combate contra o regime colonial aconteceu primeiro no Norte e, depois, no Leste de Angola. Foram cerca de 14 anos de guerra em que, sob o ponto de vista militar, parece não ter havido vencedores nem vencidos, mas que terminou na sequência do movimento do 25 de abril de 1974 em Portugal. O Acordo de Alvor de Janeiro de 1975, foi assinado entre o governo português e aqueles três movimentos, pretendendo estabelecer uma partilha de poder equilibrada, mas não teve sucesso.
No dia 11 de novembro de 1975, nasceu a República Popular de Angola sob a presidência de Agostinho Neto, mas o país entrou numa guerra civil que durou até 2002. Tinham sido 41 anos de guerra e, por isso, os angolanos celebram a paz e o início da sua luta armada de libertação nacional.

Sem comentários:

Enviar um comentário