segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Os Açores votaram na continuidade

Realizaram-se ontem as eleições para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores ou, de forma mais simples, as eleições regionais açorianas, que resultaram da não aprovação do Orçamento dos Açores para 2024 e da consequente queda do Governo Regional, presidido por José Manuel Bolieiro.
Estas eleições antecederam em cerca de um mês as eleições para a Assembleia da República, que se realizarão no dia 10 de março, pelo que os politólogos e os comentadores trataram de produzir diktats sobre as sondagens, os resultados e a eventual influência dos resultados regionais no plano nacional.
As eleições decorreram sem quaisquer incidentes, conforme anuncia na sua edição de hoje o Açoriano Oriental, o mais antigo jornal português, pois foi fundado em 1835. Estavam inscritos 229.830 eleitores e votaram 115.662, o que significa que houve uma abstenção de 49,67%, que é menor do que nas eleições de 2020. Os resultados apurados mostram que seis das nove ilhas açorianas trocaram o seu sentido de voto relativamente às anteriores eleições de 2020, pois as ilhas de São Miguel, Terceira, Pico, São Jorge e Graciosa que tinham votado PS votaram agora AD, enquanto a ilha do Corvo que antes tinha votado numa coligação local, votou agora PS.
Os resultados apurados nas 156 freguesias açorianas foram os seguintes: Aliança Democrática (42,08% - 26 deputados), Partido Socialista (35,91% - 23 deputados), Chega (9,19% - 5 deputados), Bloco de Esquerda (2,54% - 1 deputado), Iniciativa Liberal (2,15% - 1 deputado) e PAN (1,65% - 1 deputado).
O novo governo reconduzirá José Manuel Bolieiro como presidente do Governo Regional. Faltando-lhe três deputados para ter a maioria parlamentar de que necessita, parece ir governar sem alianças, o que para uns significa continuidade, para outros estabilidade e para outros, ainda, instabilidade.
Porém, os açorianos escolheram como escolheram e, agora, merecem ser bem servidos.

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