As eleições na
Índia, que é o país mais populoso do mundo e que, por vezes, também é
classificado como a maior democracia do mundo, terminaram ao fim de 44 dias e
os resultados foram finalmente anunciados: Narendra Modi e o seu Bharatiya Janata Party (BJP) ganharam e
vão iniciar um terceiro mandato. Votaram 642 milhões de pessoas, cerca de 66%
dos 970 milhões de eleitores inscritos, distribuídos por 29 estados federados e
sete Union Territories, isto é,
territórios directamente dependentes do governo federal instalado em Nova
Delhi.
O Lok Sabha, ou Parlamento Nacional, tem
543 assentos, pelo que a maioria parlamentar se consegue com 272 assentos. A
Aliança Democrática Nacional (NDA), uma coligação do BJP com outros partidos
menores conseguiu 291 assentos. Porém, Narendra Modi e o BJP conseguiram apenas
240 assentos, um resultado pior do que tinham obtido em 2014 (282 assentos) e
em 2019 (303 assentos), o que significa que terão que negociar com os seus
aliados regionais para governar, uma vez que perderam a maioria absoluta com
que governaram nos últimos dez anos, embora o nacionalismo hindu se mantenha no
poder. Do lado da oposição, continua o sentimento de orfandade pela falta de
Nehru e dos seus descendentes, embora tenha havido alguma recuperação. A coligação
Aliança Nacional para o Desenvolvimento Inclusivo da India (INDIA) elegeu 234
deputados, dos quais 99 do Indian
National Congress (INC), um dos quais é Rahul Gandhi, bisneto de Nehru.
Estes números são
indicados na edição de hoje do jornal O Heraldo, que se publica em Goa,
cuja primeira página contém muita publicidade, incluindo uma notícia
necrológica relativa a Felicia Cardoz, um nome com evidente conotação
portuguesa.
Como curiosidade
regista-se que o estado de Goa escolheu um deputado do BJP (North Goa) e um
deputado do INC (South Goa) e que o Union
Territory of Dadra & Nagar Haveli and Daman & Diu escolheu o
candidato do BJP.
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