Na passada
sexta-feira, dia 29 de Novembro, um numeroso grupo de oposicionistas sírios,
congregados em torno da facção Hay’et Tahrir al-Sham (antiga Frente al-Nusra),
lançou uma operação-relâmpago contra a cidade de Aleppo, que era controlada
pelo Exército Árabe Sírio, isto é, pelas forças militares comandadas pelo
presidente Bashar al-Assad.
De acordo com as notícias divulgadas, os rebeldes
sírios tomaram o controlo de Aleppo, sendo a primeira vez, desde 2016, que a
cidade é palco de uma batalha de grandes proporções. Este inesperado ataque é o
mais intenso que acontece no noroeste da Síria desde 2020, o ano em que a Rússia e a
Turquia chegaram a um acordo para acalmar o conflito, depois que as forças
governamentais sírias tomaram áreas anteriormente controladas por combatentes de
diversos grupos oposicionistas. Entretanto a Rússia já informou que a sua força
aérea foi em socorro do exército sírio e é natural que o Irão também avance
para apoiar as forças sírias agora derrotadas em Aleppo.
O jornal francês L’Humanité
anuncia hoje que a queda de Aleppo é o regresso da guerra e que os jihadistas
tiveram o apoio activo da Turquia.
Pensava-se que a guerra na Síria, iniciada
em 2011, já tinha acabado, sobretudo devido ao enorme apoio da Rússia e do Irão ao
regime de Bashar al-Assad, mas esta ofensiva do grupo Hay’et Tahrir al-Sham,
que é considerado um grupo terrorista pelos Estados Unidos, Rússia, Turquia e
alguns outros estados, veio mostrar como o mundo se agita cada vez mais no
Médio Oriente, mas também noutras regiões.
O reaparecimento do conflito sírio
só vem complicar o já preocupante panorama internacional.
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