quarta-feira, 29 de outubro de 2025

Melissa, uma “tempestade monstruosa”

A passagem devastadora do furacão Melissa pela Jamaica causou graves prejuízos, atravessou a ilha de Cuba com muita destruição e está a movimentar-se em direção às Bahamas.
É uma “tempestade monstruosa”, como se lhe refere a edição de hoje do diário nova-iorquino Daily News, pois atingiu a categoria 5, isto é, gerou ventos superiores a 252 quilómetros por hora na Jamaica, tendo sido a tempestade tropical mais forte e mais devastadora que atingiu a ilha na história moderna. A destruição provocada e o número de mortes ainda estão por apurar, tanto na Jamaica como na vizinha ilha da Hispaniola que é repartida por dois países: o Haiti e a República Dominicana.
Na passagem por Cuba, que aconteceu esta manhã, o furacão Melissa diminuiu a sua intensidade e passou à categoria 3, isto é, com ventos entre 178 e 208 quilómetros por hora, mas também provocou “danos significativos” e isolou cerca de 140 mil pessoas devido à subida do caudal de alguns rios.
Estes ciclones são gerados em águas tropicais quentes. No caso das Caraíbas chamam-se hurricanes ou furacões, sendo caracterizados por ventos muito fortes, chuvas intensas e elevação temporária do nível do mar, o que provoca muita destruição e inundações incontroláveis, deslizamento de terras nas encostas, telhados arrancados de prédios e palmeiras arrancadas.
As alterações climáticas que tornam os oceanos e a atmosfera mais quentes, fazem com que os furacões se tornem mais intensos e daí que os ventos provocados pelo furacão Melissa tenham atingido velocidades superiores às do furacão Katrina que, no ano de 2005, foi uma das piores tempestades da história dos Estados Unidos, devastando Nova Orleans e matando 1.392 pessoas. Porém, o número de mortos que vem sendo anunciado devido ao furacão Melissa é bem menor do que aquele que foi apurado há 20 anos com o furacão Katrina.

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