A passagem
devastadora do furacão Melissa pela Jamaica causou graves prejuízos, atravessou
a ilha de Cuba com muita destruição e está a movimentar-se em direção às
Bahamas.
É uma “tempestade
monstruosa”, como se lhe refere a edição de hoje do diário nova-iorquino Daily
News, pois atingiu a categoria 5, isto é, gerou ventos superiores a 252
quilómetros por hora na Jamaica, tendo sido
a tempestade tropical mais forte e mais devastadora que atingiu a ilha na
história moderna. A destruição provocada e o número de mortes ainda estão por
apurar, tanto na Jamaica como na vizinha ilha da Hispaniola que é repartida
por dois países: o Haiti e a República Dominicana.
Na passagem por
Cuba, que aconteceu esta manhã, o furacão
Melissa diminuiu a sua intensidade e passou à categoria 3, isto é, com ventos
entre 178 e 208 quilómetros por hora, mas também provocou “danos
significativos” e isolou cerca de 140 mil pessoas devido à subida do caudal de
alguns rios.
Estes ciclones são gerados em águas tropicais quentes. No caso das
Caraíbas chamam-se hurricanes ou
furacões, sendo caracterizados por ventos muito fortes, chuvas intensas e
elevação temporária do nível do mar, o que provoca muita destruição e
inundações incontroláveis, deslizamento de terras nas encostas, telhados
arrancados de prédios e palmeiras arrancadas.
As alterações climáticas que tornam os oceanos e a atmosfera mais
quentes, fazem com que os furacões se tornem mais intensos e daí que os ventos
provocados pelo furacão Melissa tenham atingido velocidades superiores às do
furacão Katrina que, no ano de 2005, foi uma das piores tempestades da história
dos Estados Unidos, devastando Nova Orleans e matando 1.392 pessoas. Porém, o
número de mortos que vem sendo anunciado devido ao furacão Melissa é bem menor
do que aquele que foi apurado há 20 anos com o furacão Katrina.

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