A República de
Angola e os angolanos festejaram hoje com grande alegria o 50º aniversário da
independência nacional e, por razões históricas e culturais, esse acontecimento
também foi evocado com alegria em Portugal, como se observou na imprensa portuguesa
que evocou a independência angolana, mas também em vários espaços das cadeias
televisivas que mostraram os desfiles cívico e militar com que Luanda festejou
o acontecimento. De resto, calcula-se que haverá cerca de 100 mil portugueses
em Angola, sobretudo empresários, enquanto estão recenseados mais de 92 mil angolanos
em Portugal, o que mostra claramente uma íntima relação entre os dois países que
vai para além do interesse económico.
Angola é um
grande país de 32 milhões de habitantes, sendo o sétimo maior de África e o
vigésimo segundo do mundo, estando a assumir cada vez mais o estatuto de
potência regional no sul do continente africano e no Atlântico Sul. Porém,
ninguém esquece que o país viveu 27 dos seus 50 anos de independência em guerra
civil, com muitas mortes e muita destruição, mas os tempos de paz e de
reconciliação que os angolanos vivem desde 2002 têm trazido progressos
assinaláveis. O presidente João Lourenço falou aos angolanos e disse, num exercício
de retórica adequado à efeméride que se celebrava, que “em 50 anos fizemos mais
que o regime colonial português em 500 anos”, mas também salientou que estão a
ser dados “passos firmes para romper o ciclo de subdesenvolvimento” do país.
É isso exactamente
o que se deseja para os angolanos, a partir do estimulante sinal de confiança no
futuro que representou a festa dos 50 anos da independência de Angola.

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