O
jornal nova-iorquino Daily News dedicou toda a sua
primeira página da edição do dia 19 de maio à “tragedy of tall ship”, mas hoje
voltou a destacar o estranho acidente ocorrido no porto de Nova Iorque com o
navio-escola mexicano Cuauhtémoc, ilustrando-o
com uma fotografia onde se vêem os seus mastros partidos e as velas caidas.
O
jornal afirma que as autoridades federais estão a investigar o “ship horror”, pois
parece ter acontecido uma “tempestade perfeita” onde terão havido muitos erros
humanos, de que resultou a morte de dois cadetes. O veleiro Cuauhtémoc largava do cais com os
cadetes alinhados nos mastros a fazer as tradicionais saudações de largada do
porto, sendo auxiliado nessa manobra por um velho rebocador, sem que lhe
passasse um cabo de reboque e limitando-se a poder empurrá-lo, se fosse
necessário. Porém, o rebocador era de pouca potência para aquela manobra e, a
bordo, tanto o comandante como o piloto americano, não terão percebido a
situação, talvez deslumbrados pelas luzes da Big Apple, ou pelas saudades que ficaram no cais.
A
corrente arrastou o navio em direcção à Ponte de Brooklyn, sem que o comandante
o detivesse com motores ou com âncoras. Os três mastros de 147 pés, iluminados
e cheios de cadetes, embateram no tabuleiro inferior da ponte que está a 135
pés de altura e partiram-se. Houve dois cadetes mortos e duas dezenas de
feridos, mas dizem as crónicas que foi uma sorte os mastros não terem caido ao
rio com os cadetes. Entretanto. 172 cadetes já regressaram ao México, enquanto
dois ainda estão hospitalizados. A viagem de instrução de cadetes ,terminou
pois o navio vai ser repareado em Nova Iorque.
O porto
de Nova Iorque gosta de receber os tall
ships e este acidente suscitou muito interesse por parte da imprensa local.
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