A Fundação Champalimaud instituiu em 2007 o "Prémio de Visão António Champalimaud", a atribuir a instituições de qualquer país do mundo que se destaquem no combate às doenças que afectem a visão.
Este prémio é atribuído nos anos ímpares e é o maior na área da oftalmologia a nível mundial, tendo o valor de um milhão de euros. Em 2007 foi atribuído à Aravind Eye Care System (Índia), em 2009 ao Helen Keller International e, este ano, ao Programa Africano de Controlo da Oncocercose - African Programme for Onchocerciasis Control (APOC).
A escolha do APOC, que foi criada em 1995 no âmbito da Organização Mundial de Saúde, é o reconhecimento dos resultados já obtidos na prevenção, controlo e combate da oncocercose, uma doença parasitária conhecida como a “cegueira dos rios”, que já infectou mais de 18 milhões de pessoas e que é uma das principais causas de cegueira. Só em 2010, o APOC realizou 73 milhões de tratamentos, protegendo mais de 120 milhões de pessoas em risco, através de acções que envolveram 153 mil comunidades, em 19 países africanos, entre os quais Angola, Guiné-Bissau e Moçambique. Estas acções do APOC desenvolvem-se com o envolvimento das comunidades locais e de voluntários, em regiões muito isoladas e em áreas onde normalmente não existem profissionais de saúde.
O prémio homenageia todos os homens e mulheres que, anónima e diariamente, estão no terreno a prevenir e a combater a doença, ajudando quem mais precisa, mas é também um prémio que chama a atenção da comunidade internacional e de alguns países que preferem gastar o seu dinheiro em bombardeamentos.
É por isso, um justo prémio.
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