Foi exactamente há dez anos que a televisão global nos mostrou a maior tragédia humana que até agora pudemos ver em directo: o ataque às Torres Gémeas de Nova York. Todos acompanhamos a violência das imagens que sucessivamente nos chegavam. Vimos os incêndios, os rolos de espesso fumo e o momento da grande derrocada. Imaginamos a angústia das pessoas encarceradas. Não sabíamos quantas eram, mas sabíamos que eram muitas. Soube-se depois: quase 3 mil mortos e mais de 6 mil feridos.
Nesse dia, de facto, todos fomos americanos.
Os Estados Unidos eram, então, a nação mais poderosa e mais próspera do mundo e vivia em paz. Com o ataque às Torres Gémeas o país sofreu um choque brutal, uma enorme dor e o seu orgulho nacional ficou ferido. Veio a resposta ao chamado “eixo do mal” e foram abertas duas guerras, primeiro no Iraque e, depois, no Afeganistão.
As guerras são caras e foi necessário um desvio colossal de recursos para as suportar. A dívida americana aumentou e tornou-se a maior ameaça à segurança nacional do país. O défice orçamental tornou-se gigantesco. O sistema financeiro e a economia estão a viver tempos difíceis. O poder e a prosperidade americanas estão muito ameaçadas. Entretanto, a Europa foi contagiada, ao mesmo tempo que o dragão chinês e o produto “made in China” consolidaram a sua presença no mundo.
A evocação do 11 de Setembro está a ser feita em todo o mundo por jornais e televisões. Na realidade foi uma data histórica para os Estados Unidos e para o mundo. O actual poderio da superpotência já não é o que era. Tudo mudou e nada ficou como dantes, depois da manhã de 11 de Setembro de 2001.
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