O cromo número dois da minha colecção declara-se especialista em língua portuguesa e, portanto, tem a língua como especialidade. Estava-lhe traçado um futuro como professora e talvez esperasse integrar o elenco de uma qualquer telenovela, quando descobriu uma vocação partidária adormecida. Então começou a subir, e subiu e subiu… até ser deputada.
A ambição era muita e sentiu que podia ir mais longe. Sintra foi o seu momento de glória, mas nem Guterres nem Sócrates lhe deram um lugar nos seus governos. Ela que tanto se esforçara! Ela que era a Madrinha! E o Ministério da Cultura que lhe ficaria tão bem!
A urbanização da Portela já era demasiado pequena para si e em 2004 conseguiu que lhe dessem um lugar em Bruxelas como eurodeputada.
O estatuto político, o centro da Europa, as missões parlamentares, o convívio social e as viagens em classe executiva deslumbraram-na. A sua imagem institucional passou a ser gerida pela LPM o que, obviamente, não é caro, nem é um sinal de vaidade.
É, sem dúvida, o percurso bem sucedido de um verdadeiro cromo.
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