O Diário de Notícias iniciou hoje a publicação de um trabalho de investigação sobre o património construído em Portugal, em que informa que há 3397 obras em pedra entre capelas, castelos, conventos, mosteiros, teatros e outros tantos exemplares que clamam por atenção e preservação.
Desse imenso património “esquecido” por falta de verbas, por incapacidade das diversas entidades que o tutelam, mas também por incúria, destacam-se 791 monumentos classificados como nacionais, 2152 como imóveis de interesse público e 454 imóveis de interesse municipal. O jornal seleccionou 36 desses monumentos, tendo analisado com muita informação ealgum detalhe cada um deles.
Todos conhecemos esta triste realidade, mas eu não imaginava que tivesse essa dimensão. O património construído tem um valor histórico, artístico e cognitivo e não representa apenas a preservação das nossas memórias identitárias, mas também tem um valor económico e é um importante aliado da actividade turística que, como é sabido, é um vector das nossas “exportações”.
Existe em Portugal a capacidade técnica e a experiência para todos os tipos de trabalho de conservação e essa actividade poderá ser uma alavanca para a recuperação directa e indirecta da nossa economia, além de permitir que “as pedras esquecidas” readquiram a sua dignidade.
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