Em Portugal, mesmo em tempos de crise, os ricos estão mais ricos e, como não tem havido crescimento económico e a população tem aumentado, significa que os pobres estão mais pobres, ou ainda, que a riqueza é desigualmente distribuída.
Esta conclusão resulta do estudo da Revista Exame, que revela a sua lista anual das 25 maiores fortunas portuguesas, com base na contabilização de activos, nomeadamente cotações bolsistas. Em conjunto, esses activos aumentaram 17,8 por cento e somam 17,4 mil milhões de euros, equivalentes a cerca de 10% do PIB português em 2010.
O português mais rico, desde há quatro anos, é Américo Amorim, o rei da cortiça, cujos activos atingem 2,6 mil milhões de euros, através das suas participações accionistas na Galp Energia, na Corticeira Amorim, na Amorim Investimentos e Participações e em vários bancos.
O segundo mais rico, que saltou da quarta para a segunda posição, é Alexandre Soares dos Santos, que tem um património avaliado em 1,9 mil milhões de euros, explicado pelo crescimento da Galp e do grupo Jerónimo Martins/Pingo Doce.
O pódio dos portugueses mais ricos é completado com Belmiro de Azevedo, o patrão da Sonae, cuja fortuna é avaliada em 1,3 mil milhões de euros.
Estes homens são ricos e são muito poderosos e, porque têm poder, têm mais responsabilidades para com o país e para com os seus cidadãos. Por isso “não deverão perguntar o que pode o país fazer por eles, mas o que poderão eles fazer pelo país". Espera-se, por isso, que promovam o investimento, que estimulem a produção nacional, que criem emprego e que contribuam para o reforço da coesão social. Se assim fizerem, valerá a pena ser rico.
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