José Afonso morreu em Setúbal no dia 23 de Fevereiro de 1987 com 57 anos de idade e, passados 25 anos sobre o seu desaparecimento, o seu legado cívico continua a ser lembrado, não só por ter sido um inspirado músico, mas também por ter sido o rosto de muitas das nossas utopias.
No período de incerteza e de grande dificuldade que estamos a atravessar, resultante de uma situação criada pela mediocridade política de uns e pela ganância financeira de outros, que iludiram a generalidade da nossa população e desperdiçaram o capital de esperança criado em 1974 e, mais tarde reforçado com a integração europeia, a evocação de Zeca Afonso e da sua mensagem é um acto de justiça e tem um significado muito estimulante e encorajador nestes tempos difíceis.
As homenagens vão multiplicar-se hoje e pelos próximos dias. A voz de Zeca Afonso vai ouvir-se em sessões de homenagem a realizar em várias cidades do país e até no estrangeiro. Provavelmente, algumas estações de rádio e de televisão vão associar-se a este tributo nacional. Ao menos nestas datas. Nas nossas casas será uma oportunidade para voltar a ouvir muitas das canções que o nosso imaginário retém, pois o exemplo cívico e a voz de Zeca Afonso continuam a ser hoje necessários, como estímulo às nossas energias e às nossas esperanças em dias melhores.
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