Os ventos que circulam pela Europa são muito preocupantes, mas os que por aqui sopram neste canto mais ocidental começam a ser insuportáveis. Estamos a passar por uma situação política muito confusa e muito sombria, com uma gravíssima situação económica e social, com resultados muito negativos no programa de ajustamento e com claras divergências entre os partidos da coligação. Não se vê um rumo na gestão da coisa pública. O descrédito em quem nos governa generalizou-se. Os nossos dirigentes revelam-se incompetentes, insensíveis e insensatos. Insistem nos erros e na destruição do nosso país. Ferem a dignidade das pessoas. Humilham os cidadãos. Retiram a confiança e a esperança. Alimentam a pobreza e o sofrimento de muita gente. Empurram muitos jovens para a emigração e não têm soluções para combater o desemprego. Apenas têm o apoio de uma meia dúzia de deputados e já ninguém levanta a voz para defender o relvas e os seus colegas, que deixaram de vir à rua para não ouvirem o protesto. Como de costume e a lutar pela sua vida, o ministro portas aproveita para passear. Porém, neste quadro de desespero, em que seria necessário termos o bom exemplo dos nossos dirigentes, ainda há quem continue com práticas infelizes e irresponsáveis, como se verifica nos dois casos seguintes.
A última edição do semanário Expresso denuncia na sua primeira página que a jovem ministra cristas decidiu adiar dois concursos públicos e, depois, nomear sem concurso dois seus ex-colegas de faculdade, para dois altos cargos do seu ministério. Outro caso exemplar do desnorte e desonestidade de quem nos governa foi a nomeação de técnicos especialistas com 21 e 22 anos de idade, por despacho do arrogante secretário moedas, conforme é revelado no Diário da República, 2ª Série, de 20 de Março.
Com exemplos deste tipo não temos governo. Temos (des)governo.
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