Numa interessantíssima
e esclarecedora entrevista ao jornal i, um antigo administrador do
antigo BES veio mostrar a verdadeira face dos serventuários do poder, isto é,
daqueles que não têm espinal medula e tudo aceitam a troco de um punhado de
lentilhas e que, até no plano ético, se limitam a esconder-se atrás do mais
forte e não atrás das suas ideias e dos seus ideais. Para este tipo de gente, a
palavra carácter não existe, nem tão
pouco a palavra coragem, nem a palavra pudor e nem sequer dignidade. Não têm vergonha nenhuma.
Referindo-se ao BES, o entrevistado veio dizer-nos que “os administradores não executivos são verdadeiros verbos de encher” e que, em seis anos, entrou “mudo e saiu calado”, o mesmo acontecendo com todos os administradores. Eu fiquei estupefacto, não porque o homem entrasse mudo e saísse calado, mas tão só porque aceitou esse papel durante seis anos sem pestanejar, sem indignar e sem se demitir, apenas porque isso lhe dava algum rendimento e influência. É preciso não ter coluna vertebral!
Referindo-se ao BES, o entrevistado veio dizer-nos que “os administradores não executivos são verdadeiros verbos de encher” e que, em seis anos, entrou “mudo e saiu calado”, o mesmo acontecendo com todos os administradores. Eu fiquei estupefacto, não porque o homem entrasse mudo e saísse calado, mas tão só porque aceitou esse papel durante seis anos sem pestanejar, sem indignar e sem se demitir, apenas porque isso lhe dava algum rendimento e influência. É preciso não ter coluna vertebral!
Ao ler isto e
outras declarações bombásticas, como aquela referência ao transporte de uma
mala com dinheiro para um partido político, ficamos com a verdadeira estatura
do figurão e a conhecer o tipo de serviços a que já se prestara e que, certamente, também poderia prestar no BES. De resto, é
lamentável a forma como se encosta a toda a classe política dominante e como
engraxa e se humilha perante aqueles que têm poder em Portugal, desde Cavaco a
Costa, passando por Marcelo e Gaspar, que são tão diferentes. É mesmo de quem não tem coluna vertebral. O figurão de apelido Matos é, por isso,
um travesti político pronto para
fazer todos os papéis desde que lhe paguem. Infelizmente para nós, parece que o
país está cheio de Matos destes… Há, realmente, gente para tudo!
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