A questão da
privatização da TAP tem suscitado muita controvérsia e não tem deixado ninguém
indiferente.
Os argumentos de quem a defende são de natureza financeira e ideológica, enquanto os argumentos de quem discorda são sobretudo de ordem económica e emocional. O debate tem sido apaixonante e mostrou que os portugueses estão muito divididos em relação ao assunto. Na sua ânsia privatizadora, o governo não procurou consensos nem soluções alternativas, tratando de construir uma narrativa que servia os seus propósitos, sem atender ao valor simbólico que a TAP tem para os portugueses, nem ao serviço que presta à economia nacional e às comunidades portuguesas, nem ao emprego directo e indirecto que assegura. A privatização da TAP, tal como acontecera com os Correios e com outras empresas estratégicas, não representa uma mera desnacionalização empresarial e um acto de gestão governativa, mas constitui uma desnacionalização do nosso património, da nossa memória, da nossa identidade e do nosso orgulho nacional. Ao actuar como actuou em relação à TAP, à pressa, com sigilo, com uma intensa campanha de propaganda e a poucos meses de eleições legislativas, o governo prestou um mau serviço ao país, com o apoio de alguns obcecados jornalistas que arregimentou para a sua causa.
Os argumentos de quem a defende são de natureza financeira e ideológica, enquanto os argumentos de quem discorda são sobretudo de ordem económica e emocional. O debate tem sido apaixonante e mostrou que os portugueses estão muito divididos em relação ao assunto. Na sua ânsia privatizadora, o governo não procurou consensos nem soluções alternativas, tratando de construir uma narrativa que servia os seus propósitos, sem atender ao valor simbólico que a TAP tem para os portugueses, nem ao serviço que presta à economia nacional e às comunidades portuguesas, nem ao emprego directo e indirecto que assegura. A privatização da TAP, tal como acontecera com os Correios e com outras empresas estratégicas, não representa uma mera desnacionalização empresarial e um acto de gestão governativa, mas constitui uma desnacionalização do nosso património, da nossa memória, da nossa identidade e do nosso orgulho nacional. Ao actuar como actuou em relação à TAP, à pressa, com sigilo, com uma intensa campanha de propaganda e a poucos meses de eleições legislativas, o governo prestou um mau serviço ao país, com o apoio de alguns obcecados jornalistas que arregimentou para a sua causa.
Porém, a cereja
no topo do bolo, veio de outro lado. Continuando sem perceber que a sua função presidencial
é promover a união e a coesão entre os portugueses e de ser um árbitro prudente em
questões sensíveis como estas, o homem que veio de Boliqueime e se instalou em
Belém, colocou-se uma vez mais em off-side
ao afirmar, exactamente a bordo de um avião da TAP e em total informalidade, que
estava “mais aliviado” relativamente à privatização da TAP. Que tristeza! Está ele preocupado com a pobreza e o desemprego? É ele o presidente de todos
os portugueses? Certamente que não. É mais um cartão amarelo e já são
demasiados. É uma pena que nestes jogos não haja cartões vermelhos por acumulação
de amarelos!
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